O Presidente da República está de férias em Alvor, no Algarve e começou por dizer que deu "uma volta por Portimão e por Alvor" e que o que viu foi diferente do que encontrou "há dois meses, três meses".
"Há hotéis que estão nos 70/80%, o que é bom. Outros estão abaixo. O alojamento, apartamentos, quartos dá a sensação que está nos 30% em muitos casos ainda, mas está a subir. Este ano dá a sensação que vai ser um bocadinho contra o que é normal, que é o final de agosto melhor do que o princípio e o início de setembro melhor do que costuma ser. As pessoas estão a adiar a marcação de férias e a chegar mais tarde. Olham para ver como está a situação, as disponibilidades e marcam em cima da hora. Está a avançar, lentamente mas está", começou por dizer aos jornalistas.
Questionado sobre se teme uma segunda vaga, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que "para ser sincero" acha que "daquilo que se tem chamado segunda vaga, é a mesma vaga com altos e baixos". "Em países que estavam numa baixa agora estão a conhecer um alto", explica, referindo que isso se deve por exemplo ao "começo das aulas", como é o caso da Alemanha onde o ano letivo se inicia mais cedo.
"Tem havido uma subida sobretudo por causa da mobilidade das pessoas, começaram a mexer, vieram de férias, reúnem-se mais, sobretudo os mais jovens. Portanto o que se tem chamado segunda vaga, mas não sou propriamente epidemiologista, é um agravamento numa vaga que nunca deixou de existir, porque isto não é um fenómeno sazonal, é estrutural, até haver uma vacina ou uma forma de combater". "Temos de estar habituados à ideia sabe-se lá por quanto tempo com isto".
Já sobre a reabertura do corredor aéreo com o Reino Unido, o chefe de Estado referiu que "sobretudo na situação atual, ainda mais do que há duas semanas ou três, ninguém percebe porque é que o corredor aéreo britânico não abre. Se não abre agora quando é que abre? Estamos à espera de zero casos? Nenhum país vai ter zero casos. O que se assiste na Europa até é a tendência inversa do que se vive em Portugal".