Uma família de Ovar acusa a Santa Casa da Misericórdia local de não ter dado conhecimento da morte de uma idosa que estava aos cuidados da instituição e de só ter descoberto o falecimento, uma semana depois, quando o corpo já tinha sido sepultado.
Perante estas acusações, a Santa Casa da Misericórdia de Ovar emitiu um comunicado onde assegura que, após o falecimento da utente em causa “e conforme o procedimento habitual”, tentou entrar em contacto com os respetivos familiares” mas que tal não foi possível.
“Foram usados os dois números de telefone, um dos quais da Suíça, que constava no ficheiro da utente […]. Após sucessivas e intervaladas tentativas não foi possível estabelecer contacto”, lê-se na nota do lar.
“A responsabilidade última é desta Santa Casa e, dado ser necessário respeitar os prazos previstos na lei, decidiu-se iniciar o processo de funeral, o qual ocorreu no dia 14 de agosto, a expensas da instituição”, adianta ainda a Misericórdia ovarense.
O provedor , Álvaro Silva, acrescenta ainda que compreende que esta é uma situação “que certamente terá afetado emocionalmente a família” mas garante que “não restou outra alternativa se não cumprir com o estabelecido nos procedimentos”.
O Correio da Manhã noticiou hoje que Belmira Rodrigues, de 74 anos, utente do lar da Misericórdia de Ovar e internada em coma induzido, morreu no passado dia 13 de agosto. Ao matutino, a família queixou-se de não ter sido avisada pela instituição do falecimento da idosa e de apenas descobrir a trágica notícia ao ligar para o hospital, uma semana depois, para saber do estado de saúde da familiar.