Aguiar-Branco destaca pontificado de fraternidade, paz e misericórdia

 O presidente da Assembleia da República manifestou hoje profunda tristeza pela morte do Papa Francisco, considerando que o seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
21/04/2025 09:35 ‧ há 10 horas por Lusa

País

Papa Francisco

O papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, depois de ter estado internado devido a uma pneumonia bilateral.

 

Em declarações à agência Lusa, José Pedro Aguiar-Branco expressou "profunda tristeza pela morte do Papa Francisco".

"O seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia. A melhor homenagem que podemos prestar é garantir que as suas palavras continuam a ser um exemplo", acrescentou o presidente da Assembleia da República.

Numa nota que publicou depois no portal da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco refere que, desde o primeiro dia, o Papa Francisco chamou todos os cidadãos "a acreditar, com a sua desarmante e profética simplicidade, que um outro mundo era possível".

"As suas encíclicas sociais e ecológicas trouxeram ao centro do debate público mundial conceitos como a amizade social e a ecologia integral. Convidou-nos a uma relação mais justa com o mundo criado e com a tecnologia, e apelou à convivência entre gerações e à valorização das culturas, como formas de redescobrir a inteireza da experiência humana, num tempo tão permeável aos riscos do materialismo", realça o presidente da Assembleia da República.

José Pedro Aguiar-Branco salienta também que o Papa "apoiou, com palavras e gestos, os refugiados de guerra e defendeu convictamente a paz, convidando sempre à responsabilidade dos agentes políticos".

"Dizia com frequência que não vivemos uma época de mudanças, mas uma mudança de época e encarava o futuro com uma esperança realista e responsável. Sustentava também que a política é a mais alta forma de caridade", assinala.

No seu texto, o antigo ministro social-democrata indica, ainda, que o Papa Francisco, afirmou, "provocadoramente, que o mundo enfrenta uma guerra mundial em pedaços" e que se colocou "sempre numa posição de defesa da paz e da dignidade da vida humana, tendo sido responsável por uma revisão do catecismo da Igreja Católica que condenou a pena de morte em todas as circunstâncias".

"Recordamos todos o modo como atravessou, com solitária decisão, a praça de São Pedro vazia, para declarar, no ponto mais dramático da pandemia de covid-19, que ninguém se salva sozinho", acrescenta.

José Pedro Aguiar-Branco observa em seguida que o Papa "fez 47 viagens apostólicas fora de Itália, a 67 países, e esteve em todos os continentes habitáveis".

"Por duas vezes, visitou Portugal: em 2017, para o centenário das Aparições de Fátima, e em 2023, para a XXXVII Jornada Mundial da Juventude. Nesta segunda ocasião, disse aos responsáveis políticos: Sonho uma Europa, coração do Ocidente, que use o seu engenho para apagar focos de guerra e acender luzes de esperança; uma Europa que saiba reencontrar o seu ânimo jovem, sonhando a grandeza do conjunto e indo além das necessidades imediatas; uma Europa que inclua povos e pessoas com a sua própria cultura, sem correr atrás de teorias e colonizações ideológicas", destaca.

José Pedro Aguiar-Branco, enquanto presidente da Assembleia da República e enquanto católico, afirma sentir "profunda tristeza" por o mundo perder "a voz do Papa Francisco.

"A melhor homenagem que podemos prestar é garantir que as suas palavras e as suas ações continuam a ser um exemplo", conclui.

 Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

[Notícia atualizada às 11h37]

 

 

Leia Também: Bispo a 13 de maio, uma relação com Fátima que manteve como Papa

 

 

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