Um Técnico de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) do INEM foi agredido, no decorrer de uma "missão emergência médica pré-hospitalar", na noite de sábado, em Gondomar, tendo depois sido transportado para o hospital para ser observado.
"Na noite de ontem, no decorrer de uma missão de emergência médica pré-hospitalar, um dos nossos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar (TEPH) ao serviço da Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Gondomar foi vítima de agressão e a restante equipa, da SIV e Bombeiros de Gondomar, alvo de ameaças", lê-se numa publicação partilhada nas redes sociais, este domingo, pelo INEM.
E continua: "O TEPH sofreu traumatismos na face e foi depois observado no Hospital de Santo António, no Porto, acompanhado pela nossa Equipa de Psicólogos".
Contactado pela Lusa, o Comando Metropolitano do Porto da PSP afirmou que o agressor foi identificado e que se trata da vítima para a qual tinha sido chamada assistência médica.
A PSP elaborou o auto de ocorrência e remeteu o caso para o Ministério Público.
O técnico, que sofreu traumatismos na cara, foi levado para observação no Hospital de Santo António, no Porto.
Na publicação, o INEM "lamenta profundamente este incidente" e recorda: "O trabalho de todos os profissionais que se dedicam à emergência pré-hospitalar deve ser respeitado, apoiado e defendido".
"Estes profissionais, quer sejam do INEM, dos Bombeiros ou da Cruz Vermelha Portuguesa, dão em cada missão o melhor de si, trabalhando muitas vezes em condições muito difíceis e desafiadoras", diz a nota.
O INEM afirma ainda que é "absolutamente inaceitável" a situação de violência contra profissionais no exercício das suas funções e refere que irá "ativar todos os meios legais ao seu alcance para a defesa e proteção dos seus profissionais".
O incidente ocorreu um dia após a entrada em vigor da lei que agrava as penas para quem agredir polícias, guardas prisionais e bombeiros e alarga a isenção do pagamento de custas judiciais a professores e médicos agredidos.
Segundo esta lei, qualquer trabalhador das áreas da saúde e da educação passa a integrar a lista de profissionais contra os quais a agressão é suscetível de "revelar especial censurabilidade ou perversidade" e que pode ser considerada ofensa à integridade física qualificada.
[Notícia atualizada às 12h45]
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