Numa nota a propósito da morte do pontífice argentino, hoje aos 88 anos, o CNE sublinha que a vida de Francisco "foi testemunho de serviço, esperança e amor, inspirando milhões de pessoas, incluindo os escuteiros em todo o mundo".
"Ao longo do seu pontificado, o Papa Francisco sempre demonstrou uma relação muito próxima e positiva com o Escutismo, encontrando no nosso movimento muitos dos princípios que o próprio considerava fundamentais para uma plena vivência cristã", afirma o CNE no comunicado, sublinhando que "o Santo Padre sempre encorajou os jovens a serem 'artesãos do futuro', desafiando-os a caminhar com coragem, a cuidar da casa comum e a viver a fé de forma comprometida e alegre".
Ivo Faria, chefe nacional do CNE, citado na nota, afirma que "este Papa foi, verdadeiramente, Homem Novo num mundo novo que ele próprio ajudou a renovar. Um verdadeiro escuteiro".
Também os Salesianos em Portugal reagiram à morte do Papa frisando que "a humanidade fica hoje mais pobre".
Numa mensagem assinada pelo Provincial dos Salesianos, padre Tarcízio Morais, é sublinhado que Francisco foi o "Papa da simplicidade, da presença, da escuta, de Cristo" e "uma voz em defesa dos mais pobres, dos últimos, dos mais distantes".
"Com o Papa Francisco, tudo foi diferente. Uma lição de humildade e simplicidade. Austeridade e entrega. Francisco no nome, Francisco na vida. Determinado, de frases claras, sem rodeios, calou fundo. De estilo simples, mas incisivo, fez-se entender, fez-se ouvir, fez-se de todos. Forte na fragilidade, sério na forma de responder aos desafios, próximo de quem mais precisa, ousou fazer e ser diferente", escreve o sacerdote.
Tarcísio Morais lembra ainda "a bondade do acolhimento aos refugiados e migrantes, a força da fé, a necessidade da paz, a confiança na abertura, no encontro, na paz necessária", características que, na sua perspetiva, marcaram a ação do Papa Francisco.
O Papa morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
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