Primeiro-ministro propõe três dias de luto nacional após morte do Papa

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou hoje que propôs ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que sejam decretados três dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco.

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Lusa
21/04/2025 13:52 ‧ há 9 horas por Lusa

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 "Enquanto se aguardam indicações da Santa Sé sobre a data das exéquias, o Governo de Portugal propôs a Sua Excelência o Presidente da República que fossem decretados três dias de luto nacional, que serão oportunamente confirmados de acordo e coincidindo com as cerimónias fúnebres", disse o chefe do executivo numa declaração aos jornalistas no Funchal.

 

Luís Montenegro manifestou o seu pesar pela morte de Francisco, que considerou ser "um exemplo para todos" e uma "fonte de inspiração espiritual e humana".

"Num momento de profundo pesar, uno-me em nome de todos os portugueses aos católicos em todo o mundo numa homenagem ao Santo Padre", afirmou, sublinhando que o Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, é "um exemplo para todos, católicos e não católicos".

O primeiro-ministro, que falava na Presidência do Governo Regional da Madeira, no Funchal, indicou que o Governo já propôs ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que fossem decretados três dias de luto nacional.

O governante descreveu o Papa Francisco como "uma fonte de inspiração espiritual e humana e um defensor intransigente dos valores da paz, da igualdade, da justiça e de uma igreja para todos, todos, todos".

"O 'todos, todos, todos', apelo simultâneo à inclusão e à conversão que lançou ao mundo na sua primeira missa em Lisboa, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, será recordado como um apelo à autenticidade da fé", disse, considerando que as visitas de Francisco a Portugal, no centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima e na Jornada Mundial da Juventude, deixaram uma "marca indelével que perdurará na memória dos portugueses".

Luís Montenegro destacou o facto de Francisco ter comparecido publicamente na Basílica de São Pedro para a bênção "Urbi et Orbi" no domingo de Páscoa e abençoado duas crianças na praça, considerando esse como mais um "gesto profundamente generoso e revelador da coragem e entrega sim limites que o caracterizavam".

"Nenhuma imagem poderia resumir melhor o estilo pastoral simples e direto, bem como o legado de profunda humanidade, de compromisso e proximidade com os mais pobres, com os indefesos e com os marginalizados", disse.

O primeiro-ministro sublinhou, por outro lado, que desde a eleição, em 2013, o Papa Francisco "foi reconhecido por todas as fés e ideologias como um líder espiritual autêntico, ecuménico e comprometido com os desafios do mundo contemporâneo, como é o caso do combate à pobreza, a preservação do planeta e a promoção da inclusão, da justiça social e da paz".

"A sua mensagem foi sempre uma mensagem de esperança e um apelo à construção de pontes e não de muros", disse, acrescentando que "também por isso os portugueses se identificaram sempre tanto com o Papa Francisco, numa relação de amizade e fraternidade recíprocas que iam para além das convicções religiosas e apelavam ao mais genuíno sentido de humanismo e solidariedade".

"Os portugueses e o mundo despedem-se do Papa Francisco com gratidão. O seu legado e a sua vida serão fonte de inspiração para gerações futuras dentro e fora da igreja", afirmou.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

[Notícia atualizada às 14h27]

 

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