O pedido de autorização para esta deslocação do chefe de Estado deu entrada na Assembleia da República e o programa do fórum, em que consta a sua presença, já se encontra disponível no respetivo portal na Internet.
Esta será a segunda edição do Fórum La Toja, realizado num hotel da ilha com o mesmo nome, que pretende ser "um evento de referência no debate intelectual e académico", em defesa dos "valores da democracia liberal", e que no ano passado contou com a presença do rei de Espanha, Felipe VI.
Segundo o seu portal na Internet, www.forolatoja.com, este fórum procura ter "uma representação equilibrada dos diferentes países que compõem o espaço atlântico" e na edição deste ano, entre 01 e 03 de outubro, contará com participações de dois antigos governantes portugueses.
O administrador da Fundação Calouste Gulbenkian e ex-comissário europeu Carlos Moedas, que foi secretário de Estado Adjunto do anterior primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, irá falar sobre "Digitalização antes e depois da pandemia" de covid-19, e o politólogo Bruno Maçães, que foi secretário de Estado dos Assuntos Europeus no mesmo Governo PSD/CDS-PP, participará num painel intitulado "O mundo que aí vem, nada será igual?".
Os antigos presidentes do Governo de Espanha Felipe González e Mariano Rajoy fazem igualmente parte da lista de participantes nos painéis de debate desta segunda edição do Fórum La Toja.
De acordo com o programa, Marcelo Rebelo de Sousa estará presente na sessão de abertura deste fórum, juntamente com o presidente da Junta da Galiza, Alberto Nuñez Feijóo, e com o presidente do grupo hoteleiro espanhol Hotusa, Amancio López Seijas, promotor desta iniciativa.
Esta será a terceira ida a Espanha de Marcelo Rebelo de Sousa desde que se registaram em Portugal os primeiros casos de infeção com o novo coronavírus, no dia 02 de março. Neste período de pandemia, não teve outras deslocações ao estrangeiro.
Na manhã de 01 de julho, esteve em Badajoz, nas cerimónias de reabertura da fronteira entre Portugal e Espanha, que devido à pandemia de covid-19 tinha estado encerrada durante três meses e meio. Em 21 de julho, voltou a encontrar-se com o rei Felipe VI, a seu convite, em Madrid.
Nos termos da Constituição, o Presidente da República não pode ausentar-se do território nacional sem autorização do parlamento - com exceção de passagens em trânsito ou curtas deslocações sem caráter oficial, das quais deve, contudo, dar conhecimento prévio ao parlamento.
