O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, indicou à agência Lusa que um idoso do lar foi transportado para o hospital da cidade na quinta-feira, tendo feito o teste para a covid-19, que deu resultado positivo.
Segundo o autarca, os restantes utentes e os funcionários do lar realizaram esta tarde os testes, cujos resultados só deverão ser conhecidos no sábado.
Pinto de Sá adiantou que o lar está ilegal porque se localiza numa zona da cidade cujo plano de urbanização não permite a instalação de lares, assinalando que a proprietária "está a procurar legalizar" a instituição.
Contactada pela Lusa, fonte dos serviços de saúde precisou que o lar tem "cerca de 25 utentes e 18 funcionários", adiantando que o até agora único caso confirmado de covid-19 está internado no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).
A fonte realçou que, como se trata de um lar ilegal, "a forma de atuar das autoridades vai levar à transferência dos utentes", o que deverá acontecer quando forem conhecidos os resultados dos testes.
"Os utentes serão transferidos para um espaço de retaguarda definido pela Câmara de Évora em articularão com a Autoridade de Saúde Pública, Segurança Social e Proteção Civil", sublinhou.
O presidente da Câmara de Évora frisou que "vários equipamentos" na cidade estão prontos para "receber doentes covid-19 e não covid-19" e que as autoridades estão a tentar encontrar "o local mais adequado para os idosos".
"Temos três ou quatro hipóteses possíveis, mas a Saúde Pública terá de avaliar para avançarmos", acrescentou.
De acordo com a fonte dos serviços de saúde, alguns idosos do lar apresentam "sintomas muito pouco evidentes, como tosse e nariz entupido", pelo que, nas próximas horas, "poderá haver algumas idas de utentes com sintomatologia ao HESE".
A fonte dos serviços de saúde revelou ainda que uma creche situada em Montemor-o-Novo, também no distrito de Évora, fechou, depois de uma funcionária ter testado positivo para a covid-19.
Portugal contabiliza pelo menos 1.855 mortos associados à covid-19 em 62.813 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).