Cerca de sete horas após o primeiro balanço sobre o incêndio que está a deflagrar desde ontem o concelho de Proença-a-Nova e que hoje se estendeu para Oleiros e Castelo Branco, o Comandante Operacional de Agrupamento Distrital da Proteção Civil, Luís Belo Costa, voltou a fazer um ponto da situação, no qual garantiu que as chamas estão a ser combatidas com sucesso.
"Estamos a conseguir resolver este incêndio e esperamos que durante a noite de hoje consigamos melhores resultados ainda", afirmou o responsável, em direto da sede da Proteção Civil, em Proença-a-Nova.
De acordo com o comandante, a estratégia adoptada de combate às chamas está a resultar e cerca de 50% do perímetro do incêndio (que mede aproximadamente 60 quilómetros) está dominado. "Destes 50%, diria mesmo que 30% estão consolidados com um excelente trabalho das máquinas de rasto", detalhou.
Neste momento, revelou também o responsável, no local estão 16 máquinas de rastos, sendo que durante a madrugada chegarão mais meios das Forças Armadas. A lutar contra o fogo, estão também 1.041 operacionais atualmente no terreno, apoiados por 342 veículos e oito meios aeréos. "Os trabalhos estão a evoluir muito favoravelmente a esta hora", reiterou o comandante.
Quanto às aldeias em Oleiros, o comandante garantiu o "incêndio já passou sem que ninguém se aleijasse". Ainda assim, numa primeira avaliação ao terreno, há danos materiais a registar, apesar de ser muito cedo para haver uma noção real das consequências deste incêndio. Pelo menos duas casas devolutas e uma habitação de segunda morada terão sido destruídas.
Quantos aos residentes que tiveram de sair de suas casas por precaução, o responsável disse que a GNR já se encontra a avaliar o terreno, para que "pessoas possam voltar às suas habitações o mais rapidamente possível".
Recordando que perante este cenário "não quer dizer que não ocorram sobressaltos porque é o normal num incêndio destes", o comandante concluiu que as áreas que, atualmente, "merecem maior atenção", estão todas no concelho de Oleiros, havendo, contudo, "um ou outro ponto quente em Castelo Branco".
O incêndio que deflagrou em Proença-a-Nova tem, neste momento, uma área aproximadamente de 15 mil hectares e, em média, destruiu mais de 500 hectares de área por hora.