"Cerca de mais 4.500 novas camas serão disponibilizadas em todo o país para os estudantes do ensino superior, através de pousadas da juventude, alojamentos locais e hotéis, representando um aumento de 16% face ao total de camas disponibilizadas no ano letivo anterior", realça o MCTES, em nota à comunicação social, a que a Lusa teve acesso.
No total, "mais de 18 mil camas" passam a estar disponíveis para os estudantes universitários, "em condições de conforto, qualidade e segurança", quando, no ano letivo anterior, eram cerca de 16 mil.
O Governo destaca o reforço da "capacidade instalada de alojamento público para estudantes", sublinhando que tal decorre de "uma cooperação estratégica com o setor do Turismo, permitindo manter postos de trabalho e rentabilizando estruturas que, dada a diminuição da procura turística, enfrentam desafios adicionais de sustentabilidade".
Segundo o Governo, o aumento de camas resulta de acordos estabelecidos com a Movijovem e várias estruturas representativas de unidades hoteleiras e de alojamento local.
O MCTES adianta que "os acordos começarão a ser assinados nos dias 21 e 22 de setembro, em cerimónias públicas no Porto, Vila Real e Lisboa".
Na nota à comunicação social, o MCTES partilha uma tabela sobre o impacto das medidas de combate à covid-19 no ano letivo de 2020/2021 nas residências de estudantes, em resultado das adaptações fixadas pelas autoridades de saúde.
Atualmente, existem 12.855 camas públicas, às quais se juntam outras 1.100 camas através de protocolos com autarquias e instituições privadas, num total de 13.955, às quais se juntam agora as 4.500 anunciadas, totalizando 18.455 camas, a partir de outubro.
As medidas de prevenção da covid-19 resultaram numa redução generalizada do número de camas disponível nas residências de estudantes, com exceção do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, que regista um aumento de 111 camas, e do Instituto Politécnico da Guarda e do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, que mantiveram as ofertas do ano letivo passado.
No total, há, para este ano letivo, menos 15 por cento de oferta nas residências de estudantes (correspondendo a 2.218 camas).
Esta diminuição é compensada pelo aumento de camas através de protocolos com autarquias e instituições privadas (de 892 para 1.100), mas, sobretudo, pela estreia dos privados (alojamentos locais e hotéis).
Simultaneamente, e de acordo com a mesma tabela, verifica-se uma descida generalizada nos preços por quarto.
Ainda assim, Lisboa pode chegar aos 500 euros (o valor máximo estava nos 593 em setembro de 2019), Porto aos 421 euros (era 460 à mesma data). O terceiro caso referido, Braga, mostra uma descida dos preços mínimo e médio, mas o valor máximo sobe, para aos 375 euros (era 353 em setembro de 2019).
O número e tipo de camas disponíveis é constantemente atualizado no Observatório Digital do Alojamento Estudantil (https://www.student.alfredo.pt/), plataforma online que identifica diariamente a oferta privada de alojamento para estudantes, as zonas onde os estudantes de ensino superior estão alojados e as rendas praticadas a nível nacional, assim como o nível de ocupação e a evolução da oferta pública de camas em residências para estudantes.