Em Portugal, jovens de pelo menos uma dezena de cidades estão hoje na rua a exigir soluções para a crise do clima e pedem uma "mobilização climática global" que junte todos os setores da sociedade civil.
"Esta é a melhor das causas, esta é mesmo a melhor das causas, devendo todos, e mormente os estudantes portugueses, também saber reconhecer que Portugal foi o primeiro país do mundo que decidiu ser neutro em carbono em 2050 e que, por exemplo, no ano passado Portugal consumou um excelente divórcio, o divórcio entre aquilo que é o crescimento da economia e o crescimento das emissões", afirmou Matos Fernandes.
Segundo o ministro, em 2019, ano em que a economia portuguesa cresceu 2,3%, "enquanto na zona euro as emissões reduziram em 4,2% em Portugal reduziram-se 8,5%".
Portugal é, defendeu Matos Fernandes, "um belíssimo exemplo da redução das emissões (...), na introdução da mobilidade elétrica e na parcela de eletricidade que é gerada a partir de fontes renováveis, 57%", sendo "um dos países que mais se destaca na Europa".
"Não encontro causa mais justa para que os nossos jovens se manifestem do que esta, a de lutar por um mundo hipocarbónico, um mundo que regenera recursos, um mundo e uma economia que caibam dentro dos limites do sistema terrestre", frisou o ministro.
Na base da ação promovida hoje pelos jovens está o mesmo apelo, do movimento "Friday´s for Future" criado por Greta Thunberg, que em Portugal teve eco no movimento Salvar o Clima, uma plataforma que junta várias organizações que organizam as ações.
Em Lisboa decorre uma concentração e desfile, que termina com música, teatro e mensagens políticas. Iniciativas idênticas estão previstas para cidades como Aveiro ou Coimbra, Évora ou Porto, entre várias outras.