Desabamento no Metro. "Prevê-se entre um a dois dias de interrupção"
Já foi aberto um inquérito para apurar responsabilidades. Ao que tudo indica, tratou-se de um erro técnico decorrente das obras que estão a ser realizadas na Praça de Espanha e, felizmente, os quatro feridos são ligeiros.
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País Metro de Lisboa
O vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Castro, revelou, esta tarde, que "ainda não estão reunidas as condições para abrir o túnel do metro no troço da Praça de Espanha", onde ao início desta tarde o teto desabou, provocando quatro feridos, quatro feridos ligeiros, tendo dois sido transportados para o hospital apenas por precaução.
Em declarações aos jornalistas, e após uma deslocação ao local do incidente, o autarca afirmou que "numa análise muito preliminar prevê-se entre um a dois dias de interrupção".
Garantindo que já começaram os trabalhos para que seja retomada "a normalidade o mais brevemente possível", Carlos Castro garantiu ainda que também já estão a ser preparadas respostas para que haja uma ligação, com o apoio da Carris, enquanto o metro não for reaberto nesta parte da cidade.
"Já está a ser articulada uma resposta conjunta entre o Metro de Lisboa e a Carris. Temos consciência do impacto que o corte desta linha [Linha Azul] tem, não só na cidade, mas em toda a área metropolitana. Sabemos que há milhares de pessoas que necessitam diariamente desta linha. Para já, estamos a trabalhar num reforço inicial da Carris", detalhou.
Quanto aos feridos, o vereador sublinhou que duas das quatro vítimas foram encaminhadas para o Hospital de Santa Maria "por precaução", sendo que uma delas é um segurança que abriu o vidro da janela de uma das carruagens e "rasgou o braço". "Nada de grave", acrescentou, lembrando que cerca de 300 pessoas, que se encontravam nas carruagens quando o incidente ocorreu, foram retiradas do local em segurança.
Confrontado com o que terá provocado o desabamento, o vereador Carlos Castro admitiu que tudo aponta para "um erro técnico" decorrente das obras que estão a ser realizadas na Praça de Espanha, mas que só se poderá confirmar após serem avaliadas as responsabilidades, num inquérito que já arrancou.
O alerta para a ocorrência foi dado por volta das 14h30, tendo a circulação sido interrompida desde logo.
"Abóbada do metro terá de ser reforçada"
Presente no local esteve igualmente o presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, Vitor Domingues dos Santos, que adiantou que no decorrer das obras da Praça de Espanha, "ao demolirem parte da estrutura de betão armado, furaram a galeria, que já é muito antiga, danificando o comboio que estava no momento a passar".
"Não sabemos quanto tempo irá demorar. Agora o comboio vai ser retirado, será reforçada a galeria numa extensão de segurança para depois limpar a linha de detritos e pedras", explicou Vitor Domingues Santos.
O responsável frisou que a "abóbada do metro terá de ser reforçada" e explicou que a estrutura "é uma mistura de pedra e betão, uma mistura frágil, com cerca de 50 anos".
Vitor Domingues Santos salientou também que o LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil foi chamado ao local e "só depois de todas as conclusões" se saberá o que aconteceu - até lá, "é especulação, há que esperar". "Foi um acidente que aconteceu, não houve vítimas mortais. Agora é aguardar pela peritagem para tirar conclusões", frisou.
Ainda segundo o responsável, a circulação na linha Azul, que foi entretanto retomada em parte do troço "cerca das 16h15", vai ser feita entre a Reboleira e as Laranjeiras e do Marquês de Pombal até Santa Apolónia, reiterando que a Carris a assegurar o transporte alternativo na zona afetada.
[Notícia atualizada às 17h28]
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