Covid-19: Hospital do Tâmega e Sousa admite "pressão" mas recusa "rutura"

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), que serve concelhos como Paços de Ferreira, Lousada ou Felgueiras, "não está em rutura", garantiu hoje a direção, revelando que contratou 130 profissionais devido à "pressão" da pandemia da covid-19.

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Lusa
23/10/2020 13:36 ‧ 23/10/2020 por Lusa

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Covid-19

 

"O CHTS está debaixo de uma pressão muito grande, devido à grande incidência de infeções covid-19 na região. Mas é um hospital do Serviço Nacional de Saúde pelo que, naturalmente, recorre à rede e até a privados ou à rede social. Não está em rutura", garantiu à agência Lusa o presidente do conselho de administração, Carlos Alberto Silva.

Hoje, o CHTS tem internados "mais de 100 doentes" com o novo coronavírus, sete dos quais nos cuidados intensivos e há "algumas dezenas" de trabalhadores infetados, tendo já sido contratados 130 novos profissionais de saúde "para fazer face à pressão da pandemia", acrescentou.

O presidente do concelho de administração do CHTS reconheceu que já houve necessidade de "cancelar cirurgias programadas não urgentes" e "reformular serviços" para "libertar camas" e "redefinir os fluxos".

"É a flexibilidade que se impõe neste contexto", sublinhou.

Quanto a profissionais de saúde, Carlos Alberto Silva não precisou quantos estão infetados com o novo coronavírus, apontando para "algumas dezenas", de um universo superior a 2.000 funcionários.

"Não há nenhuma instituição na região que não tenha profissionais infetados. E as infeções por covid, em regra, não são contaminações decorrentes do contexto hospitalar. São contaminações no ambiente familiar ou vindas da comunidade", referiu.

Frisando estar "em sintonia e diálogo permanente" com a Administração Regional de Saúde (ARS-N) e o Ministério da Saúde, Carlos Alberto Silva apontou que este é "um dos hospitais com maior carga assistencial do país", uma vez que apoia "5% do total da população portuguesa".

Com unidades hospitalares em Penafiel e em Amarante, o CHTS presta apoio a cerca de 520 mil pessoas de uma região que inclui Paços de Ferreira, Lousada e Felgueiras, concelhos onde o Conselho de Ministros decretou quinta-feira o dever de permanência no domicílio a partir das 00:00 de sexta-feira.

Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), o número de casos de infeções pelo novo coronavírus aumentaram, numa semana, 76% em Paços de Ferreira, 39,2% em Lousada e 24,2% em Felgueiras.

No total estes três concelhos do distrito do Porto registavam há cerca de uma semana 2.032 infeções por covid-19, enquanto na segunda-feira reportaram 3.010 casos (mais 978), vendo os números aumentar em 48%.

"Apelo aos cuidados responsáveis. Com uso da máscara, distanciamento social, lavagem de mãos, etiqueta respiratória e mais alguns meses de paciência até que chegue a vacina, vamos resolver o assunto. Têm de nos ajudar. A consciencialização da população é muito importante", concluiu o presidente do concelho de administração do CHTS.

Além do dever de permanência no domicílio, nos três concelhos citados ficam também proibidas quaisquer celebrações e eventos com mais de cinco pessoas (salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar)

Passa a ser obrigatório o encerramento de estabelecimentos às 22:00, com algumas exceções.

Ficou ainda definido o teletrabalho obrigatório para todas as funções que o permitam, independentemente do vínculo laboral.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.245 em Portugal.

 

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