"As equipas de saúde pública, como todo o sistema de saúde e o Serviço Nacional de Saúde, estão com uma grande pressão, o que não quer dizer que estão com uma total incapacidade para realizar a sua missão", disse Graça Freitas, na conferência de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus, quando questionada sobre a falta de meios para estas equipas.
A responsável acrescentou que, ao longo do tempo e conforme as necessidades, foram sendo agregadas às unidades de saúde pública profissionais dos ACES (Agrupamentos dos Centros de Saúde), outros profissionais que foram sendo contratados e ultimamente estagiários de escolas de enfermagem, além de estarem a ser feitos contactos com escolas médicas e contratos com outras entidades.
"Há sempre possibilidade de mobilizar os recursos. Hoje mobilizei dois médicos de saúde publica que trabalham na DGS para uma região do país que está a precisar de orientação de médicos de saúde pública porque tem surtos ativos", exemplificou.
Graça Feitas reconheceu também que "as equipas de saúde pública têm feito um trabalho extraordinário e obviamente com grande esforço, porque os casos são de facto um número muito elevado".
"Temos de continuar a trabalhar, encontrar soluções e deslocar pessoas quando for caso disso", referiu ainda.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.343 pessoas dos 121.133 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.