A revelação de Eduardo Vítor Rodrigues ocorreu durante a reunião do executivo.
"A câmara recebeu na semana passada o visto para o empréstimo de 10 milhões de euros solicitado em 2019" com o fito de "libertar as despesas correntes da câmara e, com o empréstimo, pagar investimentos que têm alguma prioridade, como a fase final do Parque de Sampaio, Zona Industrial da Rainha, a Estufa da Lavandeira, investimentos muito seletivos, mas caros", explicou no final.
Argumentando não ser o seu objetivo "financiar os investimentos", a engenharia financeira vai, contudo, permitir ao executivo "alocar às despesas correntes dinheiro que iria ser gasto nos investimentos e que agora vai ser pago pelo empréstimo", disse.
"Na verdade, o que eu ganhei foi para 2020 e 2021, dez milhões de potencial utilização em medidas sociais porque agora posso financiar os investimentos com um empréstimo e essa é, de momento, a minha prioridade. Não adianta estar a falar de obras e as pessoas a passarem mal lá fora", enfatizou o autarca.
Sobre a lógica do pedido, Eduardo Vítor Rodrigues explicou que "a câmara não pode pedir um empréstimo para correntes, apoio social e educação, mas podendo pedir para capital, se o empréstimo vier eu depois desvio a verba de capital que estava alocada para investimentos para correntes e uso o dinheiro para pagar os investimentos".
Dando conta de "volume de pedidos" e de tudo "quanto é necessidades absolutamente colossal", o autarca socialista disse que desde o início da pandemia "só de pedidos a apoio de renda são 300 as pessoas e de ação social uns milhares".
"Há uns meses eram 3.500, é provável que tenha aumentado", lamentou.