Covid-19. Imagens mostram 'caos' na urgência do Hospital de Penafiel

Perante a falta de recursos, um doente que entrou paragem cardiorrespiratória teve de ser levado ao colo para a sala de emergência.

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Notícias ao Minuto
05/11/2020 08:27 ‧ 05/11/2020 por Notícias ao Minuto

País

Covid-19

 

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) tem-se deparado com dificuldades para fazer face ao número crescente de infetados com Covid-19. Um vídeo divulgado pela SIC Notícias mostra as imagens da urgência do Hospital de Penafiel na passada terça-feira, onde vários doentes aguardavam para serem atendidos.

Revela a estação de Paço de Arcos que na urgência onde foram captadas as imagens estavam 38 pessoas com sintomas de infeção respiratória. Entre casos suspeitos de Covid-19 e casos confirmados, os pacientes foram-se amontoando e várias macas foram distribuídas ao longo dos corredores.

O cenário agravou-se, como indica ainda a SIC, quando um doente entrou em paragem cardiorrespiratória, enquanto aguardava para ser atendido, e teve de ser levado ao colo para a sala de emergência por falta de macas.

Na passada segunda-feira, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), que regista 10% dos internamentos Covid-19 a nível nacional, solicitou à tutela "reforço" de médicos de medicina geral e familiar.

O presidente do conselho de administração do CHTS, Carlos Alberto Silva, enviou um e-mail à direção da ARS-N a pedir "ajuda" perante o internamento de 210 doentes covid-19, dos quais 10 em cuidados intensivos.

"Já tenho 30 internados na urgência outra vez e hoje é segunda-feira, dia particularmente difícil. Se tiverem médicos de clínica geral que possam vir fazer urgência era bom porque tivemos aqui alguns positivos que fragilizaram as escalas. Está complicado", lê-se no 'email' de Carlos Alberto Silva, ao qual a Lusa teve hoje acesso.

A Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, em declarações à SIC, descreveu aquele que é um "cenário de guerra" nas urgências da unidade de Penafiel e teceu críticas à tutela por não ter implementado um plano que acautelasse a pressão na unidade hospitalar.

A SIC contactou a ARS Norte, avaliando a possibilidade de transferência de infetados para hospitais públicos de outras zonas do país, mas essa é uma possibilidade que não está a ser equacionada de momento.

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