Ministra garante que Hospital de Penafiel terá meios "imediatamente"

A ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu hoje que o Hospital de Penafiel, que chegou a registar 10% dos internamentos covid-19 a nível nacional, está no "centro do furacão", mas assegurou que foram assumidos compromissos para garantir meios imediatamente.

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Lusa
06/11/2020 15:52 ‧ 06/11/2020 por Lusa

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Covid-19

 

"O Hospital de Penafiel está numa área que sabemos que geograficamente está no centro do furacão neste momento. Nenhuma unidade do Serviço Nacional de Saúde [SNS] está livre de sofrer uma pressão (...). [Esta manhã] foram assumidos esses compromissos e não faltarão meios para resolver as necessidades assistenciais imediatamente", disse Marta Temido.

A governante falava aos jornalistas no Porto depois de um conjunto de reuniões de trabalho na região do Tâmega e Sousa e que terminam esta tarde na Administração Regional de Saúde do Norte.

Marta Temido disse que o Hospital de Penafiel registou "algum alívio fruto de um conjunto de transferências que aconteceram nos últimos dias", dando como exemplos o Hospital Fernando Pessoa, uma unidade privada em Gondomar, entre outras do SNS.

A deslocação da ministra da Saúde no Norte incluía, em Lousada, uma reunião com direção executiva do Agrupamento de Centros de Saúde do Vale do Sousa Norte e com autoridade de saúde local, bem como visita ao Hospital Padre Américo, em Penafiel, onde se reuniu com o conselho de administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS).

Em causa está um centro hospitalar que dá apoio a uma região, Tâmega e Sousa, que tem sido alvo de preocupações devido ao aumento de casos de infeção pelo novo coronavírus. Só na terça-feira, este hospital registava 235 internados, dos quais 11 em cuidados intensivos.

Esta situação gerou um pedido de ajuda pelo presidente do conselho de administração do CHTS, Carlos Alberto Silva, à direção da Administração Regional de Saúde do Norte.

"Já tenho 30 internados na urgência outra vez e hoje é segunda-feira, dia particularmente difícil. Se tiverem médicos de clínica geral que possam vir fazer urgência era bom porque tivemos aqui alguns positivos que fragilizaram as escalas. Está complicado", referia o 'email' de Carlos Alberto Silva, datado de segunda-feira, ao qual a Lusa teve acesso.

Questionada se já foi dada resposta a este pedido, Marta Temido admitiu que "neste momento o mercado não tem a disponibilidade" de profissionais que teve no passado, tendo reforçado a ideia de que estão a ser procuradas e acionadas "respostas de proximidade".

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