"Não vale a pena termos a ilusão de que enfrentamos a pandemia sem dor"

O primeiro-ministro voltou a sublinhar que todos os portugueses devem fazer tudo para não adoecerem e para não transmitirem a Covid-19, neste momento.

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Mafalda Tello Silva
09/11/2020 11:29 ‧ 09/11/2020 por Mafalda Tello Silva

País

Covid-19

António Costa garantiu, esta segunda-feira, que o Governo irá continuar a investir nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) dos hospitais, no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"Estamos a lutar para continuar a aumentar a capacidade dos cuidados intensivos", afirmou o primeiro-ministro, na cerimónia de assinatura da adjudicação da obra do novo Hospital Central do Alentejo, esta manhã, em Évora

Reiterando que haverá mais camas nestas unidades, o chefe do Executivo lembrou que, nos últimos tempos, já foram alocados 48 médicos aos cuidados intensivos, que mais 46 entrarão em formação a partir de janeiro, que também serão contratados mais enfermeiros intensivistas, que estão a ser instalados mais ventiladores e realizadas obras nas unidades de saúde, dando o exemplo do hospital em que se encontra.

Ainda assim, António Costa sublinhou que, ao mesmo tempo que se tem de melhorar os serviços nos cuidados intensivos, tem de se ir travando a pandemia, sendo que, considerando que "as alternativas não são muitas", os portugueses devem também "fazer tudo" para não adoecer e transmitir o vírus

"Não vale a pena termos a ilusão de que enfrentamos a pandemia sem dor (...) O combate à pandemia tem dor e temos de minorar essa dor, mas temos também de o fazer para salvar a saúde de todos, a nossa vida em sociedade e o SNS", acrescentou. 

"Temos de continuar a investir no SNS para além daquilo que é o investimento na emergência da crise sanitária"

Ainda sobre o SNS, o primeiro-ministro quis deixar a nota de que apesar do combate à Covid-19, "que tem mobilizado muitos recursos", o país não pode suspender os outros investimentos, traçados antes da pandemia, destinados ao reforço do sistema de saúde pública.

"Temos de continuar a investir no SNS para além daquilo que é o investimento na emergência da crise sanitária", vincou, acrescentando que a adjudicação da obra do novo Hospital Central do Alentejo é um exemplo dessa visão. 

Recordando que é preciso ter em mente que "há mais vida para além da Covid", António Costa denotou que um dia, quando houver "um tratamento eficaz e uma vacina eficaz" que termine esta pandemia, "infelizmente, vamos continuar a precisar de cuidados de saúde" e está nas mãos deste Governo garantir um SNS de qualidade para todos os portugueses. 

Por fim, o primeiro-ministro quis deixar claro que a resposta do Executivo socialista em tempos de crise é "exatamente oposta" à dada pelo Governo de Passos Coelho perante a crise de 2011, na qual foi suspenso o investimento público e, em particular, a realização da obra hoje adjudicada em Évora

 

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