Governo decreta um dia de luto nacional pela morte de Ribeiro Telles

O Governo decidiu decretar um dia de luto nacional, na quinta-feira, pela morte do arquiteto paisagista e fundador do PPM (Partido Popular Monárquico), Gonçalo Ribeiro Telles.

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© Facebook / Gonçalo Ribeiro Telles

Lusa com Notícias ao Minuto
11/11/2020 17:40 ‧ 11/11/2020 por Lusa com Notícias ao Minuto

País

Óbito

Em comunicado enviado às redações, o Governo "apresenta as mais sentidas condolências à família e amigos" e informa que decidiu decretar "um Dia de Luto Nacional em homenagem ao Professor Gonçalo Ribeiro Telles, a concretizar-se amanhã, 12 de novembro de 2020".

O primeiro-ministro afirma, no documento, que "o país tem para com Gonçalo Ribeiro Telles uma enorme dívida de gratidão, quer no lançamento das bases da política ambiental em Portugal, quer no desenvolvimento de uma consciência ecológica. Sendo um homem à frente do seu tempo, as ideias que defendia há 50 anos e eram então consideradas utópicas, são hoje comummente aceites. A sua perda é inestimável. O seu legado, felizmente, perdura, e somos todos seus beneficiários."

Nascido em 25 de maio de 1922, em Lisboa, Gonçalo Ribeiro Telles idealizou os chamados "corredores verdes" da capital e concebeu os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, em conjunto com o arquiteto António Viana Barreto.

Gonçalo Pereira Ribeiro Telles formou-se em Agronomia e Arquitetura Paisagista em 1950 no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, e ao longo da sua vida desempenhou diversos cargos políticos, assim como participou na fundação de instituições referenciais no panorama da cultura nacional.

Ministro da Qualidade de Vida entre 1974 e 1976, depois subsecretário de Estado do Ambiente e secretário de Estado de Ambiente entre 1981 a 1983 no segundo Governo da Aliança Democrática (AD), Gonçalo Ribeiro Telles foi também membro fundador do Centro Nacional de Cultura.

Em 1950 e 1957 candidatou-se à Assembleia Nacional pelos Monárquicos Independentes, em 1961 pela CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática) e em 1969 foi co-fundador do Partido Popular Monárquico (PPM).

Foi deputado da Assembleia da República pelo PPM em 1975 e, em 1985, voltou novamente a ser eleito, desta vez como independente pelo PS. Já em 1993, Gonçalo Ribeiro Telles foi cofundador do Movimento Partido da Terra, tendo antes sido vereador da Câmara Municipal de Lisboa.

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