Covid-19: Montalegre lança plataforma online para venda de fumeiro

Montalegre lança em janeiro uma plataforma para venda 'online' do fumeiro local, conquistar novos mercados e proporcionar negócios por um período mais longo do que os quatro dias da tradicional feira, anunciou hoje o município.

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Lusa
12/11/2020 16:06 ‧ 12/11/2020 por Lusa

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Covid-19

 

"Ver nesta pandemia [de covid-19] uma oportunidade de criar um negócio que vai durar muito mais do que quatro dias", afirmou o vice-presidente da Câmara de Montalegre, David Teixeira.

A plataforma 'online' "Fumeiro de Montalegre" vai entrar em funcionamento em janeiro e foi apresentada hoje, no decorrer de uma reunião com os produtores de Montalegre que teve também como objetivo a preparação da feira do fumeiro prevista para o primeiro mês de 2021.

David Teixeira disse que são precisas novas formas de "chegar aos consumidores" e considerou como uma "tragédia económica para as famílias" se o fumeiro não se vender.

Na feira realizada em janeiro, foram comercializadas cerca de 50 toneladas de fumeiro, com um volume de negócios na ordem dos três milhões de euros. Há 58 produtores registados no município do distrito de Vila Real.

"Temos que ter coragem para criar novas formas de divulgar, vender e distribuir o produto que já tem qualidade e que já fidelizou uma romaria a Montalegre em janeiro", referiu.

O autarca disse que os "produtores agarraram bem este novo desafio e esta possibilidade de expandir o seu negócio" e lembrou que já "há muito tempo" se falava na possibilidade de criar novos canais de escoamento.

Desafiou ainda os produtores para fazerem o fumeiro "menos durante três a quatro meses" e "não apenas" para janeiro.

"Vamos dilatar no tempo este esforço e transformar isto num negócio efetivo e não de um apontamento que se faz em quatro dias", referiu.

A plataforma "Fumeiro de Montalegre" surge de uma parceria com a Associação dos Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã e o município e quer ajudar a "conquistar novos mercados".

David Teixeira explicou que os consumidores poderão fazer as encomendas e pagar os produtores através da plataforma e anunciou que o município vai assumir os custos do transporte para encomendas acima dos 100 euros, para, por exemplo, restaurantes, que será feita um dia por semana nos municípios até ao distrito do Porto.

Haverá também a possibilidade de se fazerem encomendas para levantamento em casa dos produtores ou num local que ficará reservado para o efeito na feira.

Ainda sem data marcada para não coincidir com o dia das eleições presidenciais, David Teixeira referiu que está a ser preparado um certame com moldes muito diferentes.

"Queremos realizar a feira física, completamente distinta daquilo que tem sido até agora, sem comes e bebes e sem provas. Haverá simplesmente um centro comercial de produtores que vão vender o seu produto, sempre num sentido único, com muita limpeza, o produto mais protegido", salientou.

O autarca prevê uma quebra no produto vendido durante o certame, das 50 toneladas para as "25 a 30 toneladas".

Segundo David Teixeira, a animação prevista será feita pelas ruas da vila, perto dos restaurantes aderentes.

"Só precisamos que não haja confinamento entre municípios e que, nessa altura, a partir das 13:00 ainda se possa circular nas estradas, se não será impossível realizar o evento", referiu.

 

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