"É impossível não pensar que vamos ter um novo Estado de Emergência"
O primeiro-ministro, António Costa, considerou esta quinta-feira ser "impossível não pensar que necessariamente" Portugal vai ter um novo estado de emergência, considerando que os dados da pandemia demonstram esta necessidade.
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Política Covid-19
Na conferência de imprensa do Conselho de Ministros desta quinta-feira, António Costa foi questionado sobre se entendia que será necessário um novo estado de emergência, depois de ter dito que, no próximo Conselho de Ministros, o Governo terá a "oportunidade de apreciar, se for essa a intenção do senhor Presidente da República", a necessidade de o prolongar.
"Relativamente a novo estado de emergência, eu diria que é impossível não pensar que necessariamente vamos ter um novo estado de emergência. Os dados estão aí a demonstrá-lo", respondeu.
Costa recordou que teve a oportunidade de afirmar que, desta vez, "o estado de emergência conduziria seguramente a medidas menos intensas do que as da primeira, mas necessariamente mais prolongadas".
"Adotámos um critério distinto do da primeira fase que é ajustar as medidas à especificidade de cada território e por isso a modulação das medidas em função da gravidade da situação em cada território", explicou.
O primeiro-ministro deixou claro que "este estado de emergência vigora só até ao próximo dia 23 de novembro" e que as medidas que agora foram clarificadas são apenas para este período nos concelhos de maior risco de contágio.
"Não houve qualquer contacto com o PCP sobre o que acontece para lá deste estado de emergência e para outros fins de semana. Estamos a falar destes fins de semana relativamente a estas medidas", respondeu, quando questionado sobre se já tinha havido alguma conversa com os comunistas a propósito da realização do seu congresso.
O XXI congresso nacional do PCP, de 27 a 29 de novembro, em Loures, vai ter metade dos delegados, cerca de 600, comparativamente à reunião de 2016, devido à pandemia, disse na quarta-feira à Lusa fonte partidária.
Numa resposta a perguntas da agência Lusa, o gabinete de imprensa dos comunistas afirmou que o congresso, "atendendo às circunstâncias, terá uma participação de delegados menor (cerca de 50%), sem presença de convidados nacionais e estrangeiros".
O PCP garantiu ainda condições de "proteção sanitária" para todos os participantes.
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