Bielorrússia: MNE português e checo apoiam reforço das sanções da UE

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e da República Checa afirmaram hoje "total apoio" a um reforço das sanções à Bielorrússia como "um sinal" para o regime de Minsk face ao agravamento da situação no país.

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Lusa
13/11/2020 16:27 ‧ 13/11/2020 por Lusa

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Bielorrússia

"Apoiamos totalmente aditamentos à lista de sanções, pensamos que é um sinal que temos de enviar ao regime de Minsk", disse o ministro checo, Tómas Petricek, numa conferência de imprensa conjunta com Augusto Santos Silva em Lisboa.

"Concordo plenamente", disse o ministro português.

"Sancionamos indivíduos, não populações, e decidimos as sanções com base em argumentos e provas jurídicas sólidas. A situação na Bielorrússia não está a melhorar, pelo contrário, está a piorar, pelo que o processo de sancionar os indivíduos responsáveis por esse agravamento tem de continuar tão rápido quanto possível", afirmou.

Depois de a primeira lista de sanções a responsáveis bielorrussos ter levado quase dois meses a ser aprovada, devido a um bloqueio de Chipre motivado pelo conflito com a Turquia no Mediterrâneo Oriental, ambos os ministros consideraram contudo que uma nova lista de sanções pode ser aprovada mais rapidamente.

Um alargamento da lista de sanções foi hoje evocado pela diplomacia da União Europeia, na sequência da morte na quinta-feira de um jovem pintor agredido por polícias à paisana em Minsk, um sinal da persistência da repressão policial dos manifestantes que contestam o regime.

"A UE está pronta a impor sanções suplementares", depois da morte do pintor Roman Bondarenko, considerada "o resultado escandaloso e vergonhoso das ações das autoridades bielorrussas", lê-se num comunicado assinado pelo porta-voz de Josep Borrell, o chefe da diplomacia da UE.

Roman Bondarenko, um pintor de 31 anos apoiante da oposição bielorrussa, morreu na quinta-feira num hospital de Minsk após várias horas de cirurgia.

A Bielorrússia vive desde agosto um movimento de contestação ao Presidente Alexander Lukashenko, reeleito para um sexto mandato num escrutínio cujos resultados a UE não reconhece.

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