Decorreu esta segunda-feira o primeiro (e longo) interrogatório, no Tribunal de Instrução Criminal (TIC), ao suspeito da morte do agente da PSP de Évora, no passado sábado. No final da diligência, que só terminou à noite, foi revelada a medida de coação aplicada: prisão preventiva, a mais gravosa.
José Fortuna Malengue vai, assim, aguardar julgamento em prisão preventiva. O guarda prisional está indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, violência doméstica e ofensas à integridade física.
Recorde-se que, no sábado à noite, José Fortuna Malengue, de 52 anos, começou a discutir com a namorada e agrediu-a no Rossio de S. Brás, emÉvora, onde o casal ia passar o fim de semana.
O agente da PSP António Doce, de 45 anos, estava perto do quiosque que a mulher gere naquele local e assistiu ao ataque, e apesar de estar de folga, quando viu a mulher ser arrastada para o veículo pelo companheiro alcoolizado, não hesitou e foi socorrer a vítima.
Mas ao tentar impedir a fuga do agressor, que já cumpriu pena de prisão por conduzir alcoolizado e que tem antecedentes por violência doméstica, o agente da PSP acabou por ser atropelado e não resistiu aos ferimentos graves, tendo acabado por morrer horas depois no hospital.
O agressor acabou por ser intercetado e detido, mais tarde, pela GNR.