Madeira manda analisar casos para saber se nova estirpe chegou à região

O Governo da Madeira vai proceder, em articulação com Instituto Ricardo Jorge, a análises de casos positivos oriundos do Reino Unido, para avaliar se a nova estirpe do vírus já chegou à região, anunciou o presidente do executivo.

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Lusa
21/12/2020 19:55 ‧ 21/12/2020 por Lusa

País

Covid-19

"Nós próprios vamos fazer uma análise genética de um conjunto de casos que foram detetados ao longo dos últimos meses na Madeira para ver se essa variante do vírus chegou a estar na Madeira, está na Madeira ou não", informou hoje Miguel Albuquerque numa videoconferência.

O governante madeirense adiantou que esta é outra situação que a Madeira tem que avaliar, em articulação com o instituto Ricardo Jorge, pelo que vai "pegar nessas amostras e vai já fazer os testes e essa análise".

O chefe do executivo insular recordou que dada a previsão de chegada de muitos madeirenses que residem no Reino Unido, que regressam para passar a esta quadra festiva, o conselho extraordinário do Governo Regional determinou que são obrigados a efetuar o teste de despistagem, aguardando o resultado numa unidade hoteleira e não no "seio familiar".

Albuquerque destacou que este "isolamento profilático é obrigatório", acrescentando que os infratores incorrem "num crime de desobediência".

Também referiu que na realização do segundo teste para os estudantes e emigrantes, obrigatório entre o quinto e o sétimo dia, foram detetados 11 casos positivos depois de um resultado negativo, "o que corresponderia a 33 cadeias de transmissão" e "atesta a importância desta medida relativamente à contenção de novas cadeias" na região.

"Acho estranho e incompreensível que algumas pessoas tenham dificuldade em cumprir esta determinação quando está em causa a vida e saúde dos seus familiares e contactos mais próximos", realçou.

Questionado sobre atrasos na realização do segundo teste, o governante mencionou que "desde o dia 02 de dezembro foram agendados 6.011 testes entre o 5.º e 7.º dia", tendo sido realizados "3.779 testes, estando agendados para os próximos dias os restantes".

Também censurou os que não apresentaram os dados corretos nos documentos, o que não facilita o contacto para a correspondente realização da análise.

Sobre o espetáculo de fogo da passagem do ano, assegurou que vai realizar-se dentro das regras estabelecidas, porque, mesmo com as restrições impostas a viajantes do Reino Unido, ainda existem muitos visitantes na Madeira.

Falando dos locais procurados para ver o espetáculo pirotécnico, salientou que as pessoas devem optar por assistir a partir das suas casas, sendo que nos espaços como miradouros, praças e a marginal da cidade vão ter de cumprir com as regras de distanciamento e demais orientações que serão anunciadas.

No que diz respeito ao encerramento dos estabelecimentos, referiu que os restaurantes encerram às 23:00 horas e os bares à meia-noite, sendo permitido "excecionalmente, na noite de 31 de dezembro para 01 de janeiro" estes último permanecerem abertos até à 01:00 horas.

"A aplicação de novas medidas restritivas até o final do ano é uma situação que está sempre em aberto", disse, atestando que poderá ser necessário aplicá-las caso se verifique um agravamento da situação.

Outro aspeto que criticou foi as grandes concentrações de pessoas verificadas nas grandes superfícies no Funchal, nomeadamente centros comerciais e supermercados, no passado domingo, pelo que deixou "um último aviso" aos responsáveis.

"É intolerável o que aconteceu", sublinhou, anunciando que a manter-se haverá aplicação de multas e mesmo a possibilidade de ordem para encerrar estes espaços.

A direção regional de Saúde da Madeira informou que, domingo, este arquipélago contabilizada um total de contabilizando 332 casos ativos de covid-19, 1.221 infetados desde o início da pandemia, nove óbitos e 880 doentes curados.

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