Durante a leitura do acórdão, o juiz presidente disse que o tribunal deu como provado que o arguido deu "várias pancadas" com uma pedra e um barrote na vítima, de 24 anos, provocando-lhe "lesões profundas", numa "notória indiferença pela vida humana".
Além do homicídio, o arguido, que se encontra em prisão preventiva, também estava acusado de roubo, mas foi absolvido deste crime.
O arguido foi ainda condenado a pagar uma indemnização de 125 mil euros à mãe da vítima mortal.
O crime ocorreu no dia 17 de setembro de 2019, cerca das 23:00, num estaleiro de obras públicas situado em Roje, Vale de Cambra, no distrito de Aveiro, onde o arguido e a vítima se tinham dirigido para roubarem gasóleo das máquinas que ali estivessem.
De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), o arguido terá aproveitado um momento em que a vítima se encontrava curvada a retirar combustível de uma máquina retroescavadora para lhe desferir uma pancada na cabeça com um cubo de pedra, com o intuito de a tornar inconsciente para depois lhe tirar os bens que tivesse.
"Apesar da pancada, a vítima reagiu, o que motivou o arguido a derrubá-la ao solo, a socá-la na cabeça e a desferir-lhe sucessivas pancadas na cabeça e corpo com um barrote, matando-a", refere a acusação.
Ainda segundo a acusação, o arguido teria abandonado o local no automóvel da vítima, levando consigo 275 euros e o telemóvel da mesma, tendo-se deslocado em seguida ao Porto para comprar droga.
O corpo da vítima só veio a ser encontrado no dia 18 de setembro de manhã pelos trabalhadores do estaleiro quando chegaram para começar a trabalhar.
No quarto de uma pensão onde o arguido estava a viver a Polícia Judiciária encontrou o telemóvel e as chaves da viatura da vítima, bem como algumas peças de roupa com vestígios de sangue da vítima.