CDS quer Emergência, mas recusa aprovar restrições que desconhece
O CDS-PP vai voltar a abster-se na renovação do estado de emergência devido à pandemia de covid-19, justificando que não aprova medidas restritivas que desconhece, apesar de reconhecer necessidade de um prolongamento.
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Política Covid-19
À saída de uma reunião com o Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa, o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, sublinhou a necessidade de um enquadramento jurídico para a aplicação de restrições no âmbito da pandemia, mas recusou "passar cheques em branco"
"O CDS está ao lado do Presidente da República sobre a necessidade de existir estado de emergência", referiu, sublinhando que "coisa diferente é dizer que estamos disponíveis para secundar, subscrever ou apoiar as medidas que desconhecemos".
Além de querer conhecer antecipadamente as medidas que o executivo prevê para o período do próximo estado de emergência, desta vez de apenas oito dias, Francisco Rodrigues dos Santos acrescenta que há um conjunto de medidas que "deviam ter sido tomadas e não foram".
Entre essas medidas, referiu a criação de uma "via verde" que permita aos utentes que vejam ultrapassados os tempos máximos de espera para consultas, exames e cirurgias recorrerem aos setores privados e social, e um programa SOS para os lares, para o reforço de profissionais de saúde.
Na audiência com o chefe do Estado, o líder do CDS-PP falou ainda do plano de vacinação contra a covid-19, defendendo a priorização dos idosos na primeira fase e a descentralização da administração da vacina.
Além dos centros de saúde, o partido quer ver envolvidas, por exemplo, juntas de freguesia e hospitais privados, de modo a acelerar um processo que, à partida, será "complexo e altamente demorado".
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