O Presidente Marcelo renovou, por um período de oito dias, o Estado de Emergência no âmbito da pandemia de Covid-19. Este que é o oitavo (e mais curto) Estado de Emergência irá vigorar entre as 00h00 de 8 de janeiro, sexta-feira, e as 23h59 de dia 15 de janeiro.
Esta renovação é justificada por Marcelo Rebelo de Sousa pelo facto de serem "escassos ainda os dados que possam ser relacionados" com o período do Natal e do Ano Novo, pese embora "os números mais recentes sejam muito preocupantes, demonstrando a imperiosidade das medidas de emergência".
Este curto período do Estado de Emergência - de uma semana - deve-se ainda ao facto de, "só no dia 12" de janeiro, poderem ser ouvidos os "especialistas acerca dessa matéria e projeções da sua evolução imediata".
Porém, pode ler-se na nota partilhada no portal da Presidência da República, "os números de casos e de mortos nos últimos dias impõe uma cuidadosa contensão, ou seja, permanência por uma semana do regime em vigor, até que, entre o dia 12 e o dia 13, se possa decidir acerca de eventual nova renovação, sua duração e conteúdo".
Alerta o chefe de Estado que, apesar de a vacinação ter "trazido acrescida esperança, a pandemia continua, ainda, a ir mais depressa do que a vacinação". E é isso que "explica os sacrifícios que nos continuam a ser pedidos e a paciente coragem com que têm sido enfrentados, que se impõe a todos, a começar pelo Presidente da República".
Recorde-se que a Assembleia da República aprovou hoje à tarde o decreto presidencial que prolonga o Estado de Emergência até 15 de janeiro, com votos favoráveis de PS e PSD e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues.
PCP, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira votaram contra, enquanto BE, CDS-PP e PAN se abstiveram.
O atual período do Estado de Emergência teve início às 00h00 de 24 de dezembro e termina às 23h59 desta quinta-feira, 7 de janeiro.
Marcelo Rebelo de Sousa falou ao país, a partir do Palácio de Belém, nas primeiras seis vezes em que decretou o Estado de Emergência, mas deixou de o fazer depois de assumir a condição de candidato às eleições presidenciais de 24 de janeiro.
Leia Também: Parlamento aprovou o oitavo (e mais curto) Estado de Emergência