"Na sequência da notícia de um teste positivo a Marcelo Rebelo de Sousa, além de lhe desejar as melhoras, contactei a linha SNS24, como qualquer pessoa faria, e tive indicações de poder continuar com a minha vida normal, obviamente cumprindo todas as normas sanitárias como tenho cumprido até agora", refere Marisa Matias, num vídeo enviado à comunicação social.
Apesar disso, uma vez que já tinha realizado um teste na segunda-feira devido às viagens previstas à Madeira e aos Açores, a recandidata presidencial optou "por cancelar as atividades presenciais de hoje", preferindo "aguardar o resultado desse teste, que se veio confirmar negativo".
Assim, a agenda de campanha de Marisa Matias é retomada na quarta-feira com a viagem às ilhas, mantendo-se também a disponibilidade para participar no debate agendado para esta noite na RTP com todos os candidatos.
Esta manhã, a eurodeputada e dirigente bloquista assistiu, a partir de casa, à reunião do Infarmed, aproveitando este momento de comunicação virtual para reagir a este encontro entre especialistas e políticos.
"É com muita preocupação que vejo a evolução dos números e a forma como está a ser difícil gerirmos esta pandemia e por isso penso que não temos alternativa senão continuar a seguir as indicações das autoridades de saúde", referiu.
Na perspetiva de Marisa Matias, "há um objetivo fundamental aqui que é o de proteger o SNS e isso pode e deve significar mobilizar todos os meios que estão à disposição", mas também "garantir os rendimentos das famílias, garantir que há meios de apoio às empresas para que elas possam aguentar".
"Não é apenas dando indicações de um novo confinamento, as pessoas têm de ter condições para poder responder a esse confinamento. Estou certa de que, juntos e juntas, vamos conseguir dar mais uma vez a volta a esta situação", concluiu.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, teve hoje um segundo teste negativo de diagnóstico do novo coronavírus, depois de na segunda-feira ter testado positivo, e aguarda orientações das autoridades de saúde.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.945.437 mortos resultantes de mais de 90,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.080 pessoas dos 496.552 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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