A suspensão temporária dos voos decorre da necessidade de controlar a propagação da pandemia de covid-19, em particular das novas estirpes do vírus SARS-CoV-2, causador da doença.
"A dinâmica de voos regulares vai sofrer alterações", afirmou o ministro, salientando que a medida começa a vigorar a partir das 00:00 de 24 de janeiro de 2021.
"Vamos ter um período de pouco mais de uma semana onde o objetivo é permitir que o máximo possível de cidadãos angolanos e estrangeiros que se encontram nesses países possam regressar", sublinhou.
O Governo angolano estima que se encontrem nestes países pouco mais de 11 mil cidadãos nacionais e estrangeiros que residam ou trabalham em Angola.
As outras ligações aéreas continuam a funcionar sem quaisquer alterações, salientou Adão de Almeida, explicando que a diferença é que, "mesmo para essas ligações, passa a ser obrigatório o teste pós-desembarque".
O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, informou que Lisboa é o local com mais passageiros da TAAG, a companhia de bandeira angolana (cerca de 5.000), contando São Paulo (Brasil) com um potencial de 1.600 e a Cidade do Cabo (África do Sul) 1.400.
Do lado da TAP, estimou em 3.000 o número de passageiros que deverão regressar.
As outras companhias aéreas com quem Luanda atualmente faz ligações (Emirates e Qatar Airways, Air France e Lufthansa) mantêm as suas frequências e voos regulares.
Ricardo de Abreu adiantou que está a ser preparada uma estratégia para alertar os passageiros sobre os voos, para poderem proceder à testagem pré-embarque "e permitir que haja alguma fluidez".
Embora não haja necessidade de autorização para entrar no país, os passageiros são obrigados a preencher um formulário de registo de viagem, acrescentou.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Angola totaliza 18.613 casos, dos quais 2.180 doentes estão em tratamento, e 425 mortos.
África registou nas últimas 24 horas mais 1.265 mortes por covid-19, para um total de 75.709, e 34.802 novos casos de infeção, segundo os últimos dados oficiais da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados é de 3.142.781 e o de recuperados nos 55 Estados-membros da organização nas últimas 24 horas foi de 24.073, para um total de 2.562.961 desde o início da pandemia.
Em Portugal, morreram 8.384 pessoas dos 517.806 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.