Em comunicado enviado hoje à Lusa, o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), que gere o hospital de Beja, explica que o aumento de camas surgiu "na sequência da evolução da pandemia" de covid-19 e do "consequente aumento" do número de infetados com o vírus que provoca aquela doença com necessidade de internamento.
Por isso, a ULSBA e os seus profissionais de saúde têm "vindo a desenvolver um esforço de capacitação enorme, na esperança de dar a melhor resposta possível a todas as situações", refere.
Segundo a administração da ULSBA, no dia 08 deste mês, foram adicionadas seis camas às 24 inicialmente existentes no Serviço de Internamento de Medicina Covid-19, situado no piso 3 do hospital de Beja.
Após atingida a ocupação máxima, foi possível adicionar mais seis camas na passada terça-feira, passando o total para 36.
"Perante novo cenário de ocupação plena", hoje foi possível adicionar mais 10, passando para 46 o total de camas disponíveis no Serviço de Internamento de Medicina Covid-19 do hospital de Beja.
Já na área dedicada à covid-19 na Unidade de Cuidados Intensivos do hospital de Beja, as quatro camas de nível III inicialmente existentes ficaram ocupadas, o que obrigou ao aumento para o dobro no dia 10 deste mês.
Atualmente, a área dedicada à covid-19 na Unidade de Cuidados Intensivos tem oito camas, que hoje estão todas ocupadas.
Em consequência do aumento do número de camas, "foi necessário um rigoroso trabalho de gestão e de afetação de recursos humanos e de equipamento" da ULSBA, frisa a administração, registando, "com agrado, a imediata cooperação das equipas envolvidas e de todo o pessoal que, nas diferentes áreas de trabalho, permitiram a criação das condições para que tudo se concretizasse".
"Mais uma vez, os profissionais da ULSBA demonstram que estão determinados e, com a ajuda de todos, fortalecemos a capacidade da instituição em responder, de forma correta e organizada, a esta pandemia", sublinha.
O conselho de administração da ULSBA apela "ao respeito pelas regras em vigor neste período difícil" e ao cumprimento das medidas de proteção, nomeadamente o distanciamento social, a etiqueta respiratória, o uso de máscara e a higienização das mãos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo o mais recente balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.384 pessoas dos 517.806 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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