Em declarações à agência Lusa, a diretora técnica Estrutura Residencial para Idosos (ERPI), Catarina Castro, explicou que a morte da idosa, que tinha outros problemas de saúde para além da infeção pelo novo coronavírus, "ocorreu ao início da tarde de hoje, naquele que é o primeiro surto que afeta a instituição desde o início da pandemia de covid-19".
A responsável adiantou que a ERPI acolhe 45 idosos, sendo que "os 35 positivos se encontram estáveis, e os 10 que não contraíram a doença estão isolados e bem".
"Os utentes infetados estão todos estáveis, com sintomas controlados. Estamos a conseguir dar a melhor resposta possível. Ainda não foi necessário transferir nenhum para o hospital. Por enquanto, estamos a conseguir controlar o surto aqui, na instituição", referiu Catarina Castro.
Segundo a diretora técnica da ERPI o surto "foi detetado no dia 10 de janeiro, após três funcionárias terem testado positivo à covid-19".
"Avançamos, de imediato, com testes rápidos a todos os utentes e funcionários e todos apresentam resultado negativo. No dia 11, alguns utentes começaram a apresentar sintomas e foi quando ativamos o plano de contingência", especificou.
Após uma testagem geral, confirmou-se a infeção em 35 utentes e em 20 dos 41 funcionários da ERPI.
A instituição tem "o apoio de quatro elementos da Brigada de Intervenção Rápida", adiantou.
"Ao ativarmos o plano de contingência conseguimos organizar a instituição. Isolar os idosos infetados dos não infetados. Redefinimos horários com os funcionários que ainda tínhamos disponíveis para trabalhar. Estamos a conseguir. Claro que com muita dedicação e empenho de quem cá está. Há um esforço adicional de todos. Estão todos firmes e hirtos para o que for preciso, à hora que for preciso. A nossa equipa, toda, incluindo médico e enfermeiras. Todos têm sido maravilhosos e fantásticos", destacou.
Segundo Catarina Castro, na sexta-feira, "todos os utentes e funcionários cujos resultados foram negativos vão voltar a ser testados".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.031.048 mortos resultantes de mais de 94,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.028 pessoas dos 556.503 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.