A acusação é deduzida contra quatro pessoas e cinco empresas pela "prática dos crimes de burla qualificada, branqueamento de capitais, atividade ilícita de depósitos e outros fundos reembolsáveis e falsificação de documento", anunciou hoje o DIAP Regional de Coimbra.
Segundo a nota de imprensa publicada no 'site' do DIAP, os arguidos simularam a existência de um serviço de aplicação de fundos financeiros, "com aparência de grande capacidade financeira e dimensão internacional, o que não tinha qualquer correspondência com a realidade".
"Com esta conduta, foram captados múltiplos investidores estrangeiros, sendo que os montantes obtidos seriam depois feitos circular e dispersar no circuito bancário e imobiliário, recorrendo a diversas pessoas coletivas", salienta o DIAP.
Os principais arguidos são ainda suspeitos de falsificação "de termos de dívida destinados a utilizar em ações executivas, com o intuito de transferir a propriedade de imóveis apreendidos e de os libertar de medidas de garantia patrimonial a que estavam sujeitos".
No processo, cuja investigação esteve a cargo da Polícia Judiciária de Coimbra, o Ministério Público pede a perda de vantagens geradas diretamente pelo crime, num valor calculado de 4,2 milhões de euros.