Todos os restantes 16 idosos que estavam infetados "já tiveram alta clínica" e terminaram as medidas de isolamento, refere o município, num comunicado enviado à agência Lusa, que não faz referência, no entanto, aos dados relativos a funcionários da instituição.
Num balanço feito anteriormente à Lusa, o presidente da câmara tinha indicado, no entanto, que "a maior parte" das funcionárias infetadas estava também recuperada.
"A situação continua a ser acompanhada e a ser feita testagem regularmente", acrescenta o comunicado de hoje.
O surto no Lar Nossa Senhora da Saúde da Casa do Povo de Vendas Novas, que contava com 53 residentes, foi detetado no dia 13 de dezembro, segundo a autarquia, depois de um funcionário fazer um teste que teve resultado positivo, por ter sintomas da doença.
A câmara municipal refere que "tem estado no terreno a acompanhar a situação", nomeadamente apoiando "a direção e a equipa de enfermagem nos processos de decisão".
"Na altura mais crítica, ajudou a criar zonas para utentes negativos, positivos e suspeitos dentro do lar, forneceu desinfetante e fatos completos de proteção individual e disponibilizou funcionários para a realização de tarefas e de alguns turnos", enumera a autarquia.
A recolha dos resíduos contaminados foi também assegurada pelo município, que contratou uma empresa especializada para assegurar esse serviço por um valor de "cerca de seis mil euros"
Foi ainda aprovado, em reunião de câmara, "um apoio extraordinário no valor de 32 mil euros" a atribuir à Casa do Povo de Vendas Novas, no sentido de ajudar a instituição a "fazer face ao cenário de crise".
Num vídeo publicado na página da Câmara de Vendas Novas no Facebook, o presidente da autarquia regozijou-se com as "boas notícias" relativamente à situação no lar.
"Sendo certo que o surto ainda não foi classificado como extinto, é um progresso extremamente importante e que nos enche de esperança", diz Luís Dias.
O autarca agradece "a todos os que prestaram serviços de forma incansável" durante um mês e meio, nomeadamente a "todos os colaboradores do lar, voluntários, equipas externas e principalmente aos colaboradores do município".
"Foram incansáveis e nunca voltaram as costas, colocando-se eles próprios em risco", frisa o líder do executivo camarário.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.176.000 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 11.608 pessoas dos 685.383 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.