"Fura filas?" Secretário de Estado processa bastonária dos Enfermeiros

Ana Rita Cavaco publicou, no Facebook, um post em que classifica Jorge Botelho e a mulher de "fura filas e chicos espertos a tomar a vacina". Governante diz que se trata de informação "falsa".

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Notícias ao Minuto
03/02/2021 12:31 ‧ 03/02/2021 por Notícias ao Minuto

País

Covid-19

Jorge Botelho, secretário de Estado da Descentralização e Administração Local, e a mulher, Maria Margarida Alves, diretora do Centro Distrital de Faro da Segurança Social, foram acusados pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, de terem recebido indevidamente a vacina contra a Covid-19. Agora, vão processar a responsável por difamação, avança o Sul Informação.

Na sequência da polémica com a vacinação de 11 funcionários de uma pastelaria próxima à sede do INEM do Norte, e que levou ao despedimento do responsável desta instituição, a bastonária veio denunciar aquilo a que chama de outro caso de "fura filas e chicos espertos a tomar a vacina".

Segundo denunciou Ana Rita Cavaco, na sua conta de Facebook, e numa publicação colocada no passado sábado, "a Presidente da SS de Faro, esposa de um Secretário de Estado (...) Pegou nela, dizem, na família e nuns amigos socialistas e toca de fazer de fura filas e chicos espertos a tomar a vacina".

No seguimento da acusação, e em nota enviada às redações, o secretário de Estado da Descentralização e Administração Local, Jorge Botelho, "desmentiu e repudiou" a "informação falsa veiculada pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco".

Na mesma nota, o governante refere que a "informação é totalmente falsa" e que o objetivo da bastonária dos enfermeiros é "colocar em causa a honestidade do secretário de Estado e da sua mulher, a quem não foi administrada qualquer dose da vacina".

De recordar que, nos últimos dias, têm sido reveladas algumas situações de alegadas vacinações indevidas, com casos que até já levaram a demissões. Recorde aqui.

Em comunicado, o gabinete liderado por Marta Temido disse que "considera inaceitável qualquer utilização indevida de vacinas que decorra durante o processo de vacinação" e lembra que o plano em causa foi "concebido com base em critérios técnicos, suportados na melhor evidência científica".

Leia Também: Autarca vacinada? "A gorda fura filas. Malvada a hora que nasci magra"

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