A petição que manifesta a "revolta dos cabeleireiros", lançada por Vânia de Oliveira, gerente de um espaço em Braga, conseguiu as 7.500 assinaturas para ir a debate parlamentar.
A petição, recorde-se, apela à reabertura dos estabelecimentos por marcação, à permissão de realização de serviços por domiciliação e à revisão dos critérios do lay-off e dos apoios às empresas.
Em nota enviada às redações, Vânia de Oliveira confessa que se sente "surpreendida e emocionada por, em tão pouco tempo, tanta gente se ter unido".
Apesar de o Governo já ter adiantado que o confinamento se manterá durante, pelo menos, o mês de março, a autora da petição defende que é preciso deixar abrir os cabeleireiros "já, com limites, regras apertadas, o que for".
Em Braga, confessa, "é muito triste ver tanta gente no supermercado, grupos de pessoas em passeios higiénicos, lojas de produtos capilares e perfumarias abertas e depois temos aquelas lojinhas centenárias, que nem conseguem o online, fechadas, quando podiam estar abertas com entrada de, nem que fosse, uma pessoa".
Para a cabeleireira, está na altura de se dar uma resposta "eficaz e de travar o fecho de restauração", de pôr um fim ao impedimento de servir "um café ou que se compre uma bebida fechada, porque as disparidades são brutais".
De lembrar que a gerente decidiu processar o Estado, considerando que não há igualdade no âmbito das restrições impostas para controlar a pandemia. Vânia Oliveira sentiu "revolta" quando viu uma "figura pública a receber tratamentos de cabeleireiro". A ação que visa a proteção de direitos, liberdades e garantias, deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga.
Pode ler aqui a petição na íntegra, que conta, na manhã desta segunda-feira, com mais de 7.550 assinaturas.
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