Segundo revelou à Lusa a presidente do Conselho de Administração do CHUA, Ana Castro, a decisão de desativar o hospital de campanha foi tomada "durante o fim de semana", altura em que o CHUA passou a registar "apenas 60% de internados" nas enfermarias dedicadas à covid-19.
Os seis doentes transferidos para as unidades do CHUA ainda aguardam um resultado negativo nos testes à covid-19 para poderem regressar às suas residências ou lares de idosos, situação em que se encontram 38 pessoas no CHUA, que abrange os hospitais de Faro, Portimão e Lagos.
Ana Castro adiantou que estes doentes "têm de ficar no hospital" e "não podem ir para o lar, mesmo tendo vaga" enquanto não "tiverem um teste negativo", mesmo não apresentando já "critérios clínicos para estar internado".
Para muitos dos doentes "foi possível encontrar uma resposta social" para acolhê-los, mas coloca-se a questão de os lares e os serviços de apoio domiciliário "exigirem teste negativo, apesar de os doentes terem critérios de cura e os lares estarem todos vacinados", notou.
A estrutura dedicada a doentes com covid-19 foi instalada naquele pavilhão municipal em 10 de janeiro, mas face à descida do número de internados "não fazia sentido" manter a fase quatro do plano de contingência, voltando para a "fase três", frisou.
Os profissionais que estavam a trabalhar no hospital de campanha "voltam aos seus serviços originais", mantendo-se hoje na unidade "apenas uma pequena equipa que está a arrumar as coisas para levar para o hospital".
Por decisão da Câmara de Portimão, tomada em conjunto com a Proteção Civil, a estrutura vai manter-se montada e pronta para, caso seja necessário, "estar a funcionar em 24 horas", algo que Ana Castro espera que "não venha a ser necessário".
Durante os 37 dias que esteve em funcionamento, esta unidade de campanha recebeu 170 doentes, 105 dos quais oriundosde outras regiões, tendo sido concedida alta a 126 doentes, transferidos 22 paraestruturas do CHUA e sido registados 22 óbitos.
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