Segundo esta estrutura do distrito de Aveiro, o espaço estará operacional sete dias por semana se o stock de vacinas assim o permitir e irá acolher os munícipes sinalizados para a primeira dose de inoculação no período das 08:30 às 19:00, sendo que o último utente convocado para cada data terá sempre que dar entrada no circuito até às 18:30.
O diretor do referido Agrupamento de Centros de Saúde, Pedro Almeida, disse à Lusa que não houve "qualquer necessidade de intervenção física na unidade de Maceda" com vista a adaptá-la ao processo de vacinação "porque o edifício pôde ser reformulado em termos de circuitos e é operacional para o efeito pretendido".
O dispositivo já vem sendo testado, aliás, no processo de inoculação dos bombeiros afetos às corporações de Esmoriz e Ovar, que são as duas em atividade no concelho. Essa primeira experiência arrancou a semana passada, abrangeu apenas os "bombeiros considerados elegíveis pela Autoridade de Proteção Civil Distrital" e ficará concluída também esta quinta-feira", envolvendo sobretudo os operacionais com atividade na chamada linha da frente e daí sujeitos a maior risco de contágio pelo vírus SARS-CoV-2.
Já no que se refere à restante população municipal, a vacinação implicará uma equipa constituída por "10 enfermeiros, um médico, um assistente técnico e três assistentes operacionais", especialmente destacados para esse procedimento entre os recursos humanos do Centro de Saúde de Ovar.
Pedro Almeida realça, contudo, que "a esmagadora maioria dos profissionais" em funções nessa unidade de saúde também se disponibilizou para colaborar no processo de inoculação, "seja de forma direta", no edifício de Maceda, "seja na retaguarda", assegurando atividades diárias que os elementos destacados para administrar as vacinas deixarão de poder executar com a anterior prontidão.
O diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga acrescenta que "a capacidade inicial será de 250 inoculações diárias", mas nota que a unidade de Maceda estará apta a aumentar o seu ritmo de atendimento "consoante o volume de novas doses fornecidas" e as exigências "do processo de segunda toma".
Na presente fase, as imunizações disponíveis são da Pfizer, Moderna e AstraZeneca, mas Pedro Almeida garante que a estrutura "terá capacidade para assegurar a administração de qualquer tipo de vacina, independentemente da marca fornecida".
Quanto ao destino previsto para doses, eventualmente, preparadas em excesso e sob risco de inutilização devido ao seu estreito prazo de validade, o mesmo responsável adianta: "O desperdício é evitável com a existência de uma lista de [cidadãos] suplentes que se possam deslocar ao Centro de Vacinação de Ovar no caso de um utente convocado não ter comparecido".
A expectativa de Pedro Almeida é que o processo de vacinação da franja sénior do município possa completar-se rapidamente, até porque a estatística demográfica local indica que "a população de Ovar é jovem".
"Já vacinámos umas 3.500 pessoas em Ovar, principalmente em lares de terceira idade, e agora os idosos que faltam serão poucos", defende.
O novo coronavírus responsável pela presente pandemia de covid-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já infetou mais de 109 milhões de pessoas em todo o mundo, tendo originado mais de 2,4 milhões de óbitos.
Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 02 de março, a Direção-Geral da Saúde confirmou hoje um acumulado de 15.522 mortes entre 788.561 infeções motivadas pelo SARS-CoV-2.