A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) apontou falhas ao Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) na sequência da morte de uma utente por septicemia (infeção generalizada).
Numa deliberação datada de 17 de julho de 2020, e que foi recentemente tornada pública, a ERS explica que teve acesso à denúncia da filha de uma mulher que morreu naquela unidade hospitalar. A paciente deu entrada no serviço de urgência do CHMT pelas 18h30 com sinais de infeção na perna direita.
A mulher foi triada com pulseira amarela e foi observada pelo médico pelas 23h30, acabando por morrer no dia seguinte com uma septicemia.
Com efeito, a ERS analisou os documentos e constatou que "os procedimentos empregues pelo prestador não foram aptos à garantia dos direitos e interesses legítimos da utente, em especial o direito à prestação de cuidados de saúde de qualidade, em tempo útil e adequados à sua situação clínica".
A Entidade emitiu então uma instrução ao Centro Hospitalar do Médio Tejo para garantir, entre outros aspetos, que seja assegurada a "adequação dos seus procedimentos às características dos utentes ou outros circunstancialismos que elevem, acrescidamente, as exigências de qualidade, celeridade, prontidão e humanidade referidas, nomeadamente, em razão da patologia, idade e especial vulnerabilidade dos utentes, não os sujeitando a longos períodos de espera".
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