O ex-ministro da Educação Nuno Crato defendeu, na segunda-feira, que o desconfinamento terá de ser feito progressivamente. "Não há outra maneira senão o regresso por fases", assumiu.
Considerando a reabertura das escolas, no entendimento do ex-governante há vários aspetos que devem ser tidos em consideração. Um deles passa pelos "jovens e a necessidade de terem um ensino presencial que é mais eficaz e saudável do que o remoto".
Na posição transmitida na antena da SIC Notícias, o antigo ministro reconheceu, porém, o trabalho que está a ser desempenhado pelos professores e pelas escolas. "Estão a desempenhar um esforço imenso que está a ter bons resultados na maioria dos casos. Os jovens continuam a estudar, em contacto com as matérias, continuam a progredir", indicou.
Nuno Crato destacou, ainda, o "problema dos professores" que "estão em contacto com os mais jovens". Embora "se diga que os jovens aguentam mais, estes também são mais assintómaticos e podem, se não houver uma política de testes sistemática, transmitir aos professores e sabemos que temos uma classe docente bastante envelhecida".
Em declarações aos jornalistas no final da reunião no Infarmed de ontem, a ministra da Saúde confirmou que o processo de desconfinamento poderá começar pelas escolas. "É coerente que se pense que é pelas atividades escolares que se comece [o desconfinamento]", indicou Marta Temido.
Importa recordar que, no sábado, Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência, afirmara já que o desconfinamento começará pelas escolas, referindo que o Governo já manifestou essa intenção.
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