Segundo a instituição, no pico da terceira vaga pandémica, na última semana de janeiro e primeiras de fevereiro, a unidade hospitalar chegou a ter 74 internados com covid-19.
"Por motivos de gestão de internamento transferiu oito doentes com o novo coronavírus - quatro para o Centro de Saúde Militar de Coimbra, três para o espaço Naturidade em Porto de Mós e um para a Fundação Sophia, em Coimbra - e nove doentes não covid-19 para o Hospital de Cantanhede", refere um relatório enviado à agência Lusa.
Com o desagravamento da situação, o Hospital Distrital da Figueira da Foz baixou da Fase 4 (Crítica) para a Fase 3 (Grave) no dia 16 de fevereiro.
Segundo a instituição, a atividade cirúrgica programada esteve condicionada apenas aos doentes prioritários e urgentes, tendo-se realizado apenas as cirurgias inadiáveis.
"Mesmo em fase crítica mantiveram-se os procedimentos ao nível da atividade de Consulta Externa, com incentivo ao recurso de consultas não presenciais/teleconsulta, sempre que o doente reunia critérios clínicos para o efeito", indica o relatório.
O Hospital de Dia manteve a maioria da atividade e a cirurgia de ambulatório apenas na Fase 4 suspendeu as intervenções adiáveis.
Na fase atual do Plano de Contingência (Fase 3), que consiste na concentração de doentes covid-19 na mais reduzida área possível, de modo a libertar enfermarias para outros doentes de forma a normalizar a atividade médica e cirúrgica, com a realização de cirurgias programadas.
"Visto que os internamentos de doentes com covid-19 começam a diminuir e a pressão nos serviços de urgência também desceu, o Hospital da Figueira da Foz visa retomar ou a programar as cirurgias adiadas", frisa aquela unidade hospitalar.
A retoma de atividade vai ser gradual em virtude do decréscimo das necessidades de internamento por covid-19 e, nas próximas duas semanas, se a tendência de desagravamento se mantiver, o hospital pode passar para a Fase 2 de Plano de Contingência.
O Hospital Distrital da Figueira da Foz salienta ainda que, pela primeira vez nos últimos meses, não regista profissionais de saúde infetados, estando apenas dois em final de período de isolamento profilático.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.474.437 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.086 pessoas dos 799.106 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.