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Governo dos Açores solicitou reforço de policiamento em Rabo de Peixe

O Governo dos Açores solicitou o reforço de vigilância da PSP no território em que se mantém uma cerca sanitária na vila de Rabo de Peixe, revelou hoje o presidente da comissão de acompanhamento da pandemia, Gustavo Tato Borges.

Governo dos Açores solicitou reforço de policiamento em Rabo de Peixe
Notícias ao Minuto

19:30 - 23/02/21 por Lusa

País Covid-19

"Foi [...] pedido à PSP que fizesse um esforço para poder andar pelas ruas onde existem mais casos e poderem, de uma forma dissuasora, elucidar e ajudar as pessoas a que permaneçam em casa e cumpram com o recolhimento obrigatório, porque sem este cumprimento a vila de Rabo de Peixe vai continuar numa situação muito dramática", disse o presidente da Comissão de Acompanhamento da Luta contra a Pandemia nos Açores, em conferência de imprensa em Angra do Heroísmo.

A vila de Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande, em São Miguel, é a única localidade dos Açores sujeita a cerca sanitária, tendo sido decidido hoje restringir a medida a uma zona mais reduzida, "a norte da Rua da Praça e na Rua da Nossa Senhora de Fátima, incluindo o bairro situado nas ruas Francisco Andrade e Afonso Maria Tavares".

Dos 63 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus que provoca a doença covid-19 nos Açores, 42 estão na vila de Rabo de Peixe, onde desde quinta-feira foram detetados 16 novos casos.

Segundo Gustavo Tato Borges, a população dessa zona será auxiliada por equipas multidisciplinares, compostas por elementos da unidade de saúde de ilha, da delegação de saúde e da segurança social, mas a redução de casos depende da melhoria de comportamentos.

"Aquilo que nós pedimos é que as pessoas de Rabo de Peixe continuem a lutar para resolver esta situação, continuem a ter o máximo de cuidado, a ficarem em isolamento sempre que forem positivas e evitarem contactos de alto risco", salientou o médico, especialista em saúde pública.

A freguesia de Ponta Garça, em Vila Franca do Campo, também já esteve a cerca sanitária e, "neste momento, apresenta zero casos ativos", lembrou.

O presidente da comissão de acompanhamento disse ainda esperar que, "dentro da próxima semana", possa haver "uma situação mais controlada" que permita o levantamento da cerca sanitária, mas não se comprometeu com um número limite de casos para que isso possa acontecer.

"Precisamos de ter uma situação sustentada de diminuição de casos para podermos ter a garantia de que não vão surgir novos casos de uma forma galopante. Aquilo que nós estamos a avaliar sempre são: o número de casos ativos existentes e a data em que foram diagnosticados e o número de novos casos", justificou.

Gustavo Tato Borges não excluiu, no entanto, a possibilidade de alargamento do perímetro da cerca, caso surjam novos casos no centro da vila de Rabo de Peixe.

"As medidas são avaliadas de forma periódica e tanto podemos alargar ou restringir a cerca sanitária conforme evoluir. A possibilidade de voltar a alargar a cerca sanitária, caso voltem a aparecer casos no centro e que se tornem uma fonte de preocupação concreta, poderá ser uma realidade a estar em cima da mesa", apontou.

A cerca sanitária foi implementada em toda a vila de Rabo de Peixe no dia 13 de janeiro, tendo sido reduzida para parte da localidade em 05 de fevereiro. A partir das 00:00 de quarta-feira, e até 01 de março, ficará ainda mais limitada.

Os Açores têm atualmente 63 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus, sendo 51 em São Miguel, sete no Pico, três na Terceira, um em Santa Maria e um no Faial.

Desde o início da pandemia foram diagnosticados nos Açores 3.834 casos de covid-19, tendo 3.637 pessoas já recuperado da doença. Registaram-se também 29 óbitos associados à covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.474.437 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.086 pessoas dos 799.106 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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