Esta informação consta de uma nota hoje divulgada no portal da Presidência da República na Internet, na qual se lê que Marcelo Rebelo de Sousa e Reuven Rivlin tiveram "esta manhã uma conversa telefónica".
Segundo a mesma nota, os dois chefes de Estado "abordaram a situação pandémica e os seus efeitos económicos e sociais, o processo de vacinação, as relações bilaterais e a situação geopolítica global, bem como a situação no Próximo e Médio Oriente".
No final de janeiro do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa participou no 5.º Fórum Mundial do Holocausto, em Jerusalém, a convite de Reuven Rivlin, que nessa ocasião o recebeu na residência oficial do Presidente do Estado de Israel.
De acordo com a nota hoje divulgada pela Presidência da República, a conversa de hoje aconteceu na sequência dessa ida do chefe de Estado português a Jerusalém, há cerca de um ano, e de uma "recente troca de mensagens".
Na sexta-feira, o Ministério da Saúde israelita anunciou que mais de metade da população de Israel - 4,65 milhões dos 9,29 milhões de habitantes do país - já recebeu pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus.
Em janeiro do ano passado, após ter participado no 5.º Fórum Mundial do Holocausto, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a sua deslocação a Jerusalém tinha aberto "um caminho", 25 anos depois da última visita de um Presidente português a Israel, e falou numa "redescoberta do relacionamento político ao mais alto nível".
Na altura, o Presidente da República disse ter convidado o seu homólogo Israelita "a visitar Portugal, se possível até ao fim do ano", adiantando que, a concretizar-se essa visita, que dependia do "calendário apertado" de Reuven Rivlin, ficou acertado que faria depois uma visita recíproca a Israel.
Entretanto, em março de 2020 foram confirmados os primeiros casos de infeção com o novo coronavírus em Portugal.
Marcelo Rebelo de Sousa cancelou deslocações ao estrangeiro e no plano das relações externas quase tudo ficou adiado.
Desde então, em Portugal já morreram mais de 16 mil pessoas doentes com covid-19 e foram contabilizados mais de 804 mil casos de infeção com o novo coronavírus que provoca esta doença, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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