Os números da Covid-19 têm vindo a aliviar ao longo das últimas semanas, o que já se reflete na incidência cumulativa a 14 dias ao nível dos concelhos. Os dados mais recentes revelam que há apenas três concelhos em risco extremo e os mapas mostram que a situação está a evoluir favoravelmente.
Estes dados foram atualizados na segunda-feira, 1 de março, dia em que foram registados mais 394 casos de Covid-19 e 34 mortes. Desde setembro que o número de casos diários não era tão baixo.
Portugal entrou hoje no 12.º período de Estado de Emergência para conter a pandemia, mas mantendo, até 16 de março, as mesmas regras que vigoraram nos últimos 15 dias em território continental.
O tempo ainda não é para desconfinar, conforme frisou o primeiro-ministro, António Costa, remetendo a apresentação de um plano com esse fim para o dia 11 de março.
A verdade é que os mapas sobre a situação atual revelam que a pandemia está a evoluir num sentido favorável, conforme pode verificar pela imagem que se segue. Há uma semana, eram mais os concelhos pintados de vermelho - 15, no total. Se alargarmos o horizonte, 70% dos concelhos portugueses chegaram a estar em risco extremo.
Situação atual em Portugal continental© DGS
Segundo o relatório de situação de segunda-feira, Manteigas é o concelho onde a situação é mais crítica, com uma incidência cumulativa a 14 dias de 1.896 casos por 100 mil habitantes. Destaque também para os concelhos de Arronches (1.773) e Resende (1.421).
Também nas Ilhas há cada vez menos cor, como revelam os seguintes mapas:
Situação atual na Madeira© DGS
Situação atual nos Açores© DGS
Legenda
- Vermelho: risco extremo
- Laranja: risco muito elevado
- Amarelo: risco elevado
- Sem cor: risco moderado
Nos próximos 15 dias, recorde-se, mantêm-se limitadas as deslocações para o estrangeiro a partir do território continental, por qualquer meio de transporte, e é mantido o controlo de pessoas nas fronteiras terrestres, mas passam a existir mais dois pontos de passagem autorizada em Ponte da Barca e Vinhais.
Neste novo período de Estado de Emergência continua também a vigorar a obrigação de recolhimento domiciliário dos portugueses, assim como a manutenção do ensino à distância para todos os níveis de ensino.
Os estabelecimentos comerciais que permanecem abertos, como supermercados e hipermercados, vão continuar a poder vender livros e materiais escolares, mantendo-se a proibição de venda em relação a outros bens não-essenciais.
Continuam ainda em vigor todas as restrições impostas em Portugal continental nos últimos 15 dias, o que abrange limitações ao funcionamento do comércio não-essencial e da restauração, assim como a proibição de circulação entre concelhos ao fim de semana.
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