Segundo comunicado da Servilusa, as exéquias começam no Estádio José de Alvalade, em Lisboa, onde será realizada uma homenagem às 15:30 de sábado.
'A viatura funerária dará uma volta ao estádio, com paragem na praça Centenário, onde será feito um minuto de silêncio', pode ler-se no texto.
O funeral segue para o Centro Funerário de Cascais, em Alcabideche, onde será celebrada uma cerimónia religiosa às 17:40, realizando-se a cerimónia de cremação pelas 18h00.
A cantora era adepta do Sporting Clube de Portugal, que se despediu da artista com um 'até sempre'.
'A sua voz vai soar eternamente nos nossos corações! Até sempre, Maria José Valério', escreveu o Sporting nas redes sociais, em mensagem acompanhada de uma quadra: 'Criou e cantou a marcha / Que é a de todos nós / Cantam todos os do Sporting / Desde os netos até aos avós'.
De nome completo Maria José Valério Dourado, a cantora nasceu a 03 de maio de 1933, na Amadora, e protagonizou êxitos como 'Olha o Polícia Sinaleiro' e 'As Carvoeiras'.
Sobrinha do compositor Frederico Valério (1913-1982), na década de 1950 participou em vários espetáculos de variedades da antiga Emissora Nacional, e nas emissões experimentais da RTP, na Feira Popular, em Lisboa, depois de ter frequentado o Centro de Preparação de Artistas da Rádio da Emissora.
Em 1960, foi eleita rainha da Rádio de Goa, território então sob administração portuguesa e, dois anos depois, casou-se com o matador de touros José Trincheira, acontecimento que marcou a atualidade da época, com transmissão em direto pela RTP e bênção pontifícia.
Em 2004, a cançonetista recebeu a Medalha de Mérito da Cidade de Lisboa, grau ouro.
Em maio de 2009, o município da Amadora inaugurou um centro cultural com o seu nome, na freguesia da Venteira.
Em 2017, liderou, com o cantor António Calvário, o espetáculo 'Do musical à revista'.
O repertório de Maria José Valério, dividido entre o fado e a canção ligeira, inclui temas como 'Cantarinhas', 'Fado da Solidão', 'Expedicionário', 'Um Dia', 'Casa Sombria', 'Deixa Andar', 'Férias em Lisboa', 'Longos Dias', 'Lisboa, Menina Vaidosa', 'Nunca Mais', muitos da dupla de autores Eduardo Damas e Manuel Paião, que assina também a 'Marcha do Sporting'.
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