Esta é uma das 136 medidas que consta da Estratégia Nacional de Proteção Civil Preventiva 2030 que entrou hoje em consulta pública por um período de 30 dias e tem como objetivo central a redução do risco nos vários tipos de catástrofe.
Segundo o documento, esta reanálise da Rede Nacional de Postos de Vigia, que são da responsabilidade da GNR e funcionam entre maio e novembro, vai ser feita a partir deste ano e estende-se até 2025, contando a corporação para esta análise com os municípios e as comunidades intermunicipais.
Em declarações à agência Lusa, a secretária de Estado da Administração Interna afirmou que o objetivo "é garantir a melhor cobertura possível das manchas florestais de norte a sul do país".
Patrícia Gaspar explicou que atualmente há "uma rede bastante expressiva, com cerca de 270 torres de vigia, mas existem as designadas zonas sombras", onde nem sempre os postos de vigia conseguem garantir total visibilidade.
"O que temos feito nos últimos anos é colmatar essa fragilidade com sistemas alternativas, através de 'drones' ou meios aéreos que fazem vigilância aérea, ou até com equipas terrestres, para garantir que a deteção de um incêndio é feita o mais precocemente possível, porque esse é um dos fatores mais críticos na proteção dos incêndios e no combate", disse.
Com esta medida, segundo Patrícia Gaspar, vai-se verificar quais as zonas onde se devem construir mais postos de vigia ou criar sistemas de videovigilância.
A governante precisou que o número de postos de vigia pode vir a aumentar.
A secretária de Estado sustentou que "os incêndios nascem todos pequeninos" e quanto mais cedo se apanharem maior é a probabilidade de se conseguirem apagar rapidamente sem danos e complicações.
"Quanto maior for a nossa capacidade de vigiar e detetar melhor vai funcionar a fase seguinte, que é o combate", frisou.
A Rede Nacional de Postos de Vigia é coordenada pela Guarda Nacional Republicana e integra o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais.
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