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Gaia. Futuro pós-pandemia preparado através de obras "úteis e marcantes"

O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, agradeceu hoje ao Governo por estar "a preparar o futuro" pós-pandemia da covid-19, lançando obras "úteis e marcantes" como a expansão das linhas de Metro do Porto.

Gaia. Futuro pós-pandemia preparado através de obras "úteis e marcantes"
Notícias ao Minuto

16:02 - 16/03/21 por Lusa

País Gaia

"É um grande orgulho que, tal como aconteceu com os Descobrimentos, seja a partir daqui que se lança o redescobrimento económico do nosso país neste processo de preparação do período pós-pandemia. É a partir do Porto que se começa a preparar o nosso futuro com obras marcantes, úteis e determinantes para o nosso futuro coletivo. Obrigada pelo empenho", disse o autarca.

O também presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) participou esta manhã na cerimónia de lançamento do concurso público para a conceção de uma nova ponte sobre o rio Douro, que permitirá concretizar a chamada "segunda linha" de metro de Vila Nova de Gaia.

A sessão, que decorreu nos Jardins do Palácio de Cristal com o primeiro-ministro, António Costa, também serviu para consignar as empreitadas das linhas Rosa e prolongamento da Amarela do Metro do Porto.

"Esta expansão representa uma resposta para quase duas dezenas de milhares de pessoas e um serviço absolutamente central que é o nosso Hospital de Gaia. Esta expansão da Metro do Porto olha para a rede não numa lógica de antenas, mas olha para a rede numa lógica de rede", referiu Eduardo Vítor Rodrigues.

Em causa está, no que se refere à Linha Amarela, o prolongamento de Santo Ovídeo a Vila D'Este, em Gaia, enquanto a Linha Rosa constitui um novo trajeto no Porto entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música.

Quanto à nova ponte, vai ligar o Porto e Gaia através de metro deve ficar entre as pontes da Arrábida e Luís I, servindo uma nova linha de Vila Nova de Gaia, entre a Casa da Música e Santo Ovídeo, passando pela estação das Devesas.

"Estamos a avançar com um concurso de ideias para mais uma obra de arte. Admito que lhe estejamos a chamar ponte, mas sobre o rio Douro todas as pontes são em primeiro lugar uma obra de arte. Esta é uma obra de arte que é uma cereja no topo do bolo da rede de transporte público", disse o autarca de Gaia.

Eduardo Vítor Rodrigues destacou a importância destes projetos por se traduzirem em "transporte barato, acessível e ambientalmente sustentável" e frisou a ideia de que não são "projetos isolados", uma vez que "só existem porque as linhas intersecionam numa lógica de rede com outros modos de transporte".

"Estas duas linhas fazem sentido porque são ao mesmo tempo linhas de rebatimentos com transportes públicos rodoviários, com transportes públicos de base local, criando verdadeiros registos articulados de mobilidade metropolitana", apontou.

Já sobre a ponte que permitirá a "segunda linha de Gaia", considerou que em causa "não está apenas uma ponte ou de outra linha de metro", mas sim "unir duas cidades que fazem parte do mesmo âmago desta região, duas cidades interdependentes" devido às pendularidades laborais, estudantis, universitárias, mas também culturais.

Além do primeiro-ministro, António Costa, na apresentação esteve também o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, bem como o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

Atualmente, a rede de metro do Porto tem 67 quilómetros, com seis linhas que servem sete concelhos e 82 estações, movimentando anualmente mais de 71 milhões de clientes (valor reportado a 2019, o último exercício antes da pandemia).

As empreitadas das linhas Amarela e Rosa, cujas obras começam já e decorrerão durante três anos, até 2024, constituem um acréscimo de seis quilómetros e sete estações à rede atual.

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