UE. Vacinar 70% da população adulta até ao final do verão é "atingível"

O ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou que a União Europeia está a fazer tudo ao seu alcance para superar os atrasos que têm ocorrido nas entregas das vacinas da AstraZeneca.

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Notícias ao Minuto
17/03/2021 23:46 ‧ 17/03/2021 por Notícias ao Minuto

País

Santos Silva

Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, garantiu, esta quarta-feira, que as metas no processo de vacinação da Covid-19 na União Europeia (UE) mantêm-se, ainda que tenham ocorrido "alguns percalços".

"Nós [UE] temos um objetivo que é ter 70% da população adulta na UE vacinada até ao fim do Verão e não revimos esse objetivo. Esse objetivo continua a ser atingível", defendeu o governante, esta noite, em entrevista à RTP. 

Afirmando que o processo de vacinação está longe de poder ser considerado "um fracasso", Santos Silva sublinhou que o maior problema, neste momento, prende-se com os atrasos na produção e entrega das vacinas e não na forma como a UE, cuja presidência está sob o controlo de Portugal, está a gerir o processo. 

Lembrando que apesar das entregas das vacinas da Pfizer já terem tido os seus atrasos, o governante apontou que esta empresa foi compensando essas falhas e que a vacina da Moderna também "tem cumprido" com as suas obrigações. Ou seja, neste momento, o problema está na vacina da AstraZeneca. 

"A AstraZeneca tem um problema de capacidade de produção que tem resultado em atrasos nas entregas ou entregas inferiores ao que está acordado", sublinhou, garantindo que a UE está a fazer tudo ao seu alcance para contrariar estes atrasos e superá-los. 

Ainda assim, o ministro deixou severas críticas à empresa: "Não é admissível que a fábrica da Astrazeneca na Europa [em Bruxelas] tenha problemas de produção e as duas que também tem no Reino Unido não tenham. (...)Não se compreende". 

Por esse motivo, explicou Santos Silva, é que a "Comissão Europeia já tenha tomado uma medida extrema daquele mecanismo de controlo das exportações de vacinas da UE para fora da UE". 

"Estamos a procurar compensar essa quebra que há no fornecimento da parte da AstraZeneca com fornecimentos adicionais, por exemplo da Pfizer", referiu ainda sobre a matéria, destacando que "ainda hoje foi anunciado que a Pfizer antecipará mais 10 milhões de doses até ao fim deste mês para a UE" e que é esperado que a AstraZeneca compense as entregas em falta. 

"É isso que nos leva a dizer que não está posto em causa [o processo de vacinação na UE]", concluiu sobre a matéria. 

Importa recordar que a Comissão Europeia ameaçou hoje endurecer as condições de exportação de vacinas da Covid-19 para fora da União Europeia (UE) se não houver reciprocidade na entrega de vacinas no bloco.

"Se a situação não mudar, teremos que refletir em como tornar as exportações para países que produzem vacinas dependentes do seu grau de abertura", disse Von der Leyen.

"Estamos preparados para utilizar qualquer instrumento que seja preciso" para assegurar proporcionalidade e reciprocidade, garantiu, salientando que, desde que o mecanismo foi criado, em 06 de fevereiro e em vigor até final de junho, "foram aprovados 314 pedidos de exportação e só um foi recusado, o que representa 41 milhões de doses exportadas para 33 países".

Leia Também: AO MINUTO: Vacinação na EU? Meta "continua atingível"; Reinfeção é rara


  

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