Docentes do Superior deviam ser já vacinados? "Não há razão" para isso

Manuel Heitor sustentou que o risco de transmissão do vírus no Ensino Superior "é muito baixo", pelo que "não há razão para abrir a discussão" sobre o facto de os professores e funcionários deste nível de ensino não terem sido incluídos na primeira fase de vacinação contra a Covid-19.

Notícia

© Álvaro Isidoro / Global Imagens 

Melissa Lopes
21/03/2021 17:08 ‧ 21/03/2021 por Melissa Lopes

País

Ensino Superior

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, clarificou este domingo que o regresso às atividades letivas presenciais no Ensino Superior, marcado para o dia 19 de abril, vai ser acompanhado de uma estratégia de rastreio à Covid-19 à semelhança do que acontece no Ensino Secundário. Já sobre a vacinação contra a Covid-19, que não inclui os docentes do Superior na primeira fase, o governante explicou que não se encontraram razões para isso, nem em Portugal nem em nenhum país do mundo. 

"Temos um mês para preparar a estratégia de rastreio com calma e serenidade, através da realização de um teste rápido de antigénio", adiantou, referindo que a testagem periódica se destina a concelhos com uma incidência cumulativa a 14 dias superior a 120 casos por 100 mil habitantes e que, neste momento, não há nenhum concelho nessa situação.

Em paralelo, "foi trabalhado um programa de testagem com a Cruz de Vermelha para garantir testes a todos os estudantes, docentes e não docentes das instituições públicas e privadas", frisou o ministro, em declarações à SIC Notícias.

"O programa [de rastreio] está a ser concebido para a partir do dia 19 de abril garantir testes a todos os estudantes do sistema público ou privado, universitário ou politécnico, e a todos os docentes, investigadores e colaboradores não docentes", realçou.

"Temos de ter todos respeito pelo próximo"

Questionado porque razão é que os docentes do Ensino Superior ficam de fora do primeiro grupo de vacinação contra a Covid-19 (ao contrário dos professores de outros níveis de ensino), Manuel Heitor disse não haver "razão para abrir essa discussão". "O plano de vacinação está em curso, e temos de o seguir", afirmou.

"Todos sabemos que o Ensino Superior tem uma capacidade própria (...) O número de presença na sala de aula é muito inferior àquilo que são os outros regimes de ensino", argumentou o ministro, sublinhando que, além disso, foram adotadas metodologias de ensino de uma forma hibrida, sobretudo com uma componente online.

"Parece-me que é importante garantir a implementação do plano de vacinação nos termos em que foi definido. Não penso que seja altura para corporativismo. Temos de ter todos respeito pelo próximo e garantir a implementação atempada do plano. Não há razão para abrirmos qualquer exceção", defendeu, assinalando que o risco de transmissão no Ensino Superior "é muito baixo".

"O risco não é dentro de uma sala de aula (...) E por isso acredito que concentrarmos toda a operação de um reinício responsável deve ser feito numa testagem e sempre numa responsabilização de todos", argumentou Manuel Heitor, apontando que nenhum país do mundo encontrou razões para vacinar, numa primeira fase, os docentes do Ensino Superior. 

O Governo anunciou este domingo as diretrizes para o regresso às aulas presenciais no Ensino Superior, recomendando testes rápidos de antigénio regulares, pedindo às instituições para garantirem condições para que possam acontecer.

Leia Também: AO MINUTO: Reino Unido dá 873 mil vacinas em 24h; Seis mortes por cá

 

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas