Num esclarecimento enviado hoje à Lusa, a 'task force' liderada pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo justifica a situação com a estrutura demografia do país, na qual "muitos dos centros de vacinação se localizam em concelhos com uma baixíssima densidade demográfica", e a necessidade de realizar as inoculações "no mais curto espaço de tempo possível" contra o vírus SARS-CoV-2.
"Existem, de facto, unidades em que o número de vacinas a administrar por semana não justifica que haja uma vacinação com uma base diária. Em alguns dos casos, bastarão efetivamente dois ou três dias de vacinação para esgotar o 'stock' alocado aos centros de vacinação de municípios com menor densidade populacional", indica a resposta da 'task force'.
A questão tinha sido levantada na última semana com a denúncia do presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Nuno Jacinto, que, em declarações ao Diário de Notícias, revelou que "há centros de saúde que chegam a ficar só com um dia ou dois na semana para vacinar utentes" e que o processo de vacinação está a ser marcado pelas dificuldades no sistema de convocatória por mensagem de texto (SMS) para telemóvel.
Questionada igualmente sobre a eficácia dos agendamentos para vacinação por SMS, a 'task force' assegura que "a taxa de resposta nos últimos dias foi de cerca de 84%".
A pandemia de covid-19 já provocou em Portugal 16.848 mortes, entre os 821.722 casos confirmados de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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