O Infarmed ainda só autorizou uma marca de autotestes para a Covid-19, informou a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
"Até à data, encontra-se autorizado o teste SARS-CoV-2 Rapid Antigen Test Nasal do fabricante SD Biosensor, Inc., uma vez que deu cumprimento aos critérios definidos, quer na apresentação de 25 testes quer na apresentação de 25 testes destinada a ser fracionada em farmácias e LVMNSRM [Locais de Venda de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica] autorizados", pode ler-se.
Até ao dia 30 de março, explica ainda o Infarmed, a entidade recebeu "32 pedidos, relativos a 31 referências de testes (algumas variam na apresentação - nº de testes) de 21 fabricantes distintos". Destes, "apenas 10 foram devidamente submetidos pelo fabricante, tal como exigido, uma vez que este é o responsável por toda a informação e documentação técnica relativa aos testes."
A Autoridade afirma que "tem procedido à verificação de toda a informação que recebe, e tem informado os distribuidores sobre os elementos em falta" e que se verifica também "que a maioria dos processos apresenta vários elementos em falta ou informação pouco precisa e insuficiente, designadamente, no que respeita aos estudos de avaliação de desempenho do teste para colheita nasal, perante o método considerado de referência (PCR utilizando amostras da nasofaringe ou orofaringe)."
"Em alguns casos os testes apresentados não utilizam a amostra nasal como previsto na referida Portaria, utilizando outras amostras como as colhidas na nasofaringe (a qual é restrita a uso profissional devido ao seu grau de invasibilidade no corpo humano)", sublinha-se.
Recorde-se que a Well's anunciou esta quarta-feira que vai vender, a partir de hoje, dia 1 de abril, testes rápidos de antigénio da marca Roche Diagnósticos. Os autotestes vão estar disponíveis nas lojas da Well's de Norte a Sul do país e cada um custará 6,99 euros.
Os testes em questão permitem uma resposta rápida, de entre 15 e 30 minutos, e são "essenciais para um rastreio massivo e repetido da população nacional", considera a rede de parafarmácias.
[Notícia atualizada às 12h20]
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